Carioca de nascimento, mas há décadas radicado no Ceará, Sérgio Rêdes — ou Serginho Amizade, como era conhecido nos campos —, foi jogador de futebol na década de 1970, tendo sido meia de clubes como Ceará, Fortaleza e Botafogo-RJ. Também foi técnico, é educador físico, professor e escritor. É ainda comentarista esportivo da TVC, colunista do O POVO há mais de 20 anos e é ouvidor da Secretaria do Esporte e Juventude do Estado
Foto: Pierre-Philippe MARCOU / AFP
Papa Francisco acena ao sair após a oração do Santo Terço na Capela das Aparições do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Fátima
Jorge Mario Bergoglio. Pense em uma autoridade! Com suas ações e palavras, sempre a favor do desenvolvimento humano, marcou seu pontificado. Se posicionou contra o racismo, o machismo, a xenofobia, as guerras e defendeu os direitos dos refugiados e da população LGBTQIA+.
Não sei se sabia jogar bola, mas gostava de futebol, era fã de Pelé e Maradona e torcedor do San Lorenzo de Almagro. No livro “O Canto dos Meus Amores”, o falecido jornalista Armando Nogueira transformou em crônica uma história que lhe tinha sido contada por Jô Soares num jantar de amigos.
Tempo em que uma maioria de negros e mulatos, vestidos de branco, escreviam com os pés as mais belas jogadas em todos os estádios do mundo. Por conta dessas apresentações, o San Lorenzo de Almagro se apaixonou pelo time do Santos. Passaram a imitá-lo e se intitularam “Los Hermanos de Pelé”.
A admiração virou obsessão. O rádio tocava um jingle exaltando o parentesco. A torcida cantava durante os jogos: “Ya los ve/Son Los Hermanos de Pelé”. O San Lorenzo convidou o Santos para um amistoso em Buenos Aires. Sem data no calendário, o Santos custou a confirmar, mas acabou marcando o jogo.
O Estádio do San Lorenzo lotou para ver o jogo entre os irmãos. As equipes entraram em campo juntas e os argentinos ficaram orgulhosos. O resultado final foi ruim. O Santos esqueceu que era um encontro fraternal e sapecou 7 a 1. No dia seguinte, a manchete de um jornal argentino: "Pelé é filho único!".
Andei pesquisando sobre esse fato, mas fora a página 63 do livro “O Canto dos Meus Amores”, que trata da crônica descrita acima, não encontrei nenhum dado que pudesse acrescentar informações. Fiquei curioso qual teria sido a reação do papa Francisco a essa história.
Imagino que essa partida tenha sido realizada entre os anos de 1960 e 1970. Foi o tempo em que o Santos foi bicampeão mundial de clubes e, nessa época, o papa teria entre 24 e 34 anos. Penso também que pelo fato de ser um fanático torcedor do San Lorenzo, nunca perderia um jogo desses.
Uma resposta sua numa coletiva de imprensa parece confirmar minhas suspeitas. Um repórter no final da entrevista fez uma última pergunta: "Messi ganhou, em 2023, sua oitava Bola de Ouro. Qual o melhor: Messi ou Maradona?". A resposta do Papa surpreendeu. “Eu direi um terceiro: Pelé”.
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