É secretária dos Direitos Humanos do Ceará. Soma quase 60 anos de atuação no serviço público, dos quais 48 anos foram dedicados ao Ministério Público do Ceará (MPCE), onde foi procuradora-geral da Justiça por cinco mandatos, além de ter tido outras passagens importantes pelo Poder Executivo estadual
A relevância histórica da repercussão do filme é inegável, destacando a necessidade de falarmos do passado como forma de contribuir para que ele não se repita. É essencial rememorar a ditadura
Foto: Divulgação
Oscar 2025: "Ainda Estou Aqui" compete em três categorias na maior premiação do cinema do mundo
Dominando as notícias e as redes sociais, com destaque nacional e internacional, o filme brasileiro "Ainda Estou Aqui" merece nossa atenção. Dirigido por Walter Salles, o longa traz o contexto da ditadura militar do Brasil para as telas de todo o mundo a partir da história da família Paiva, após o desaparecimento político de Rubens Paiva.
Com três indicações ao Oscar e outras premiações já garantidas, o filme é baseado no livro de mesmo nome escrito por ninguém menos que o filho de Rubens: Marcelo Rubens Paiva. O relato da dor de uma família narrado por alguém que sentiu e viu de perto as consequências do regime ditatorial.
A relevância histórica da repercussão do filme é inegável, destacando a necessidade de falarmos do passado como forma de contribuir para que ele não se repita. É essencial rememorar a ditadura, trazendo à tona a existência de momentos de extrema hostilidade na história recente do Brasil e, principalmente, as consequências dessa violência.
O longa é ainda um exemplo da importância de instituições que buscam reparar as consequências da ditadura. A Comissão Nacional da Verdade (CNV), órgão criado para investigar violações do período da ditadura militar no Brasil, possibilitou que o autor tivesse elementos para escrever o livro que inspirou o filme. Já a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), reaberta pela atual gestão do presidente Lula após ser interrompida no governo anterior, trabalha para garantir o direito à memória, à elucidação da verdade e à reparação a familiares de pessoas vitimadas pela ditadura.
No Ceará, por meio da Secretaria dos Direitos Humanos (Sedih), o tema também é debatido nas ações do Eixo de Memória, Verdade e Justiça da setorial, que promove ações educativas com o objetivo de formar cidadãos conscientes e comprometidos com a democracia brasileira.
No último mês de dezembro, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou resolução que diz que nas certidões de óbito de vítimas da ditadura militar devem constar o registro de morte não natural causada pelo Estado. Essa é uma mudança histórica, uma ação em prol da dignidade humana.
"Ainda Estou Aqui" é mais um importante lembrete daquilo que vivemos e não queremos viver novamente. De que a memória e a verdade devem ser priorizadas como política pública e de como a cultura impacta nesse processo. Ditadura nunca mais!
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