Logo O POVO+
Um banco com rosto cearense
Foto de Tecnosfera
clique para exibir bio do colunista

Por Hamilton Nogueira. Pedagogo, jornalista, ex-analista de sistemas e mestre em Ciência Política com trabalho em Desinformação. Escreve sobre Tecnologia na perspectiva do comportamento, desenvolvimento e esperança de dias melhores

Tecnosfera economia

Um banco com rosto cearense

Mêntore Bank, o banco nascido no Ceará que tem rosto cearense
Tipo Opinião
CEO da Mêntore Bank, Vanderson Aquino (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS CEO da Mêntore Bank, Vanderson Aquino

Em São Paulo surge na TV propaganda institucional do banco digital cearense Mêntore Bank. Vanderson Aquino, seu CEO, já participou de nossa live e cumpre o dito na ocasião: fez expansão, agora trabalha a consolidação.

O banco escolheu o cantor Marcos Lessa, também cearense, para dar rosto ao evento de chegada na Avenida Faria Lima - importante avenida associada ao potencial econômico do Brasil. Foi bem na decisão. Saiu do Ceará em busca do mundo e levou o Ceará consigo. Quem mostra raízes, mostra permanência e segurança.

O Mêntore surgiu em novembro de 2021 em Fortaleza e depois foi buscando espaço nas capitais e interiores. É a tecnologia que permite essa escala, uma vez que não tem agências. Não tem agências, porém precisa ser "fígital", que significa físico mais digital. Promete compensar a ausência física com comunicação eficaz. O que não é fácil, convenhamos.

Parte disso é Inteligência Artificial que atua na identificação do problema. Caso não dê certo, transborda para o humano cuja missão é ouvir a ponta "que é o melhor laboratório", diz. Não é uma jornada fácil. Sobre todo o rigor regulatório necessário para o segmento, o CEO considera o Banco Central um aliado, porque as exigências de governança e regulação é que filtram o mercado.

Não está sendo fácil

Você já sabe que a Oxford University Press, casa editorial da Universidade de Oxford, anunciou "Brain Rot" como a expressão do ano. E também sabe que há aí reflexo de uma busca excessiva por likes nas redes sociais, muitas vezes alcançada apenas por meio dos conteúdos piores. O termo pode ser traduzido como "podridão cerebral".

Então vamos a dois outros termos novos: doomscrolling, que é o ato de passar muito tempo lendo notícias ruins. E binge-watching, que é assistir entretenimento ou conteúdo informativo de maneira compulsiva, além de adotar uma postura de constante busca por notificações nas redes sociais.

O que fazer?

Sempre que o assunto é crime digital, surge a pergunta: o que se pode fazer? Sinto dizer, mas é quase nada. Só temos algum domínio sobre os acontecimentos, quando nos mandam links maliciosos. Ou quando forjam a voz de um parente pedindo quantia pelo Pix.

No primeiro a atitude correta, óbvio, é desconfiar e não clicar. No segundo, bloquear o criminoso denunciando-o para a plataforma. Mas quando alguém usa os dados do nosso cartão de crédito, que estão na rede, para tentar fazer uma compra, só o banco emissor poderá conceder o crédito ou não.

Aconteceu com colega jornalista no fim do ano. O banco detectou a fraude e não completou a compra. Ele, em desespero, me liga e pergunta o que deve fazer. A resposta é torcer para que a operadora do cartão continue investindo em segurança.

Tentativas de golpe

Outubro de 2024, até o momento, é o mês com maior número de tentativas de golpes evitados no país. Pouco mais de 1.000.000 de tentativas apontam os registros do Indicador de Tentativas de Fraudes da Serasa Experian que se apresenta como o maior datatech do Brasil.

O número superlativo representa aumento de 15% em relação a igual período de 2023. O setor de "Bancos e Cartões" liderou os registros com 528%.

Preocupante e inevitável

ABComm é a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico e diz que até 2026, que é bem aí, o Brasil terá mais de 100 milhões de compradores online. Perceba que essa informação dialoga com a quantidade de tentativas de golpes citadas acima.

Não é à toa que o Fórum Econômico Mundial, o famoso encontro de Davos, na Suíça, sucessivas vezes coloca a segurança cibernética como uma das cinco maiores preocupações do planeta. Detalhe que não é um mero detalhe: a crescente digitalização contribuirá com aproximadamente US$100 trilhões à economia mundial.

Foto do Tecnosfera

Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?