
Por Hamilton Nogueira. Pedagogo, jornalista, ex-analista de sistemas e mestre em Ciência Política com trabalho em Desinformação. Escreve sobre Tecnologia na perspectiva do comportamento, desenvolvimento e esperança de dias melhores
Por Hamilton Nogueira. Pedagogo, jornalista, ex-analista de sistemas e mestre em Ciência Política com trabalho em Desinformação. Escreve sobre Tecnologia na perspectiva do comportamento, desenvolvimento e esperança de dias melhores
Pedro Augusto Marinho tem 22 anos e acaba de se formar na área de tecnologia pela Universidade Federal do Ceará, lá do campus Quixadá. Para a conclusão do curso, Pedro desenvolveu um robot lógico de nome Zé Mentira. Funciona no WhatsApp e tem como objetivo classificar notícias como mentirosas ou confiáveis.
É fácil de entender e difícil de executar, porque para saber o que é verdade ou não, é preciso perguntar à rede mundial de computadores. Na verdade, é preciso perguntar a algo ou alguém confiável. Veja a carga de subjetividade contida nessa esfera. O que é confiável hoje, uma vez que a valoração de importância da sociedade se mede pela quantidade de likes? Um vídeo executado milhões de vezes cujo conteúdo explica o motivo pelo qual a terra é plana, estabelece esse parâmetro na rede - fonte de consulta de um robot.
O Zé Mentira não está pronto para atender todo mundo porque estabelecer o que é verdade passou a ser quase impossível. Talvez essa seja a maior contribuição, não tão clara da pesquisa: fazer perceber que estamos diante do fim do conceito da verdade. O discurso dos 100 primeiros dias do Trump, que o diga. O PIB caiu lá. O multilateralismo ruiu. Ele recua e diz que não o fez. Mente na cara do freguês. E olha para a câmera com cara de sucesso, aplaudido por milhões de pessoas.
Imagine uma notícia sobre eficácia da vacina. E sobre segurança da urna eletrônica. Caiu uma névoa sobre aquilo que há poucos anos estava pacificado. Pedro sofreu para implementar o Zé Mentira. Ele intencionava construir uma ferramenta para ajudar o cidadão. Mas o cidadão que habita a rede tem dificuldade de compreender o que vê. Parte porque não sabe em quem confiar, parte porque uma massa colossal de informações disponíveis não forma um público criterioso. Pedro foi o orador da turma. Pedro precisa ser ouvido.
Fortaleza sedia o Brazil Games Fast Travel: Land of Light. Será 05 e 06 de maio no Complexo Cultural Estação das Artes. Promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX Brasil), pela Associação Brasileira de Empresas Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (ABRAGAMES) e pela Associação Cearense de Desenvolvedores de Jogos (ASCENDE Jogos). Quer conectar a Indústria de Jogos do Norte e Nordeste com tomadores de decisão, compradores e parceiros para o desenvolvimento do setor em escala global.
Antes do evento, entre os dias 03 e 04 de Maio, serão realizados momentos de recepção dos parceiros internacionais, apresentando Fortaleza e o potencial do Ceará como local de negócios e construção de uma forte indústria criativa pautada por Jogos, Novas Mídias e Audiovisual.
Está lançado um chamamento público para a aceleração de desenvolvimento de hardware. Tem nome. É o CriarCE. E vem da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (SECITECE). O objetivo é edital visa selecionar equipes, empresas e instituições interessadas em participar ideias inovadoras em protótipos funcionais. O programa oferece suporte técnico especializado, infraestrutura e mentorias para auxiliar pesquisadores, profissionais liberais, empresas e instituições a desenvolverem suas soluções físicas e tecnológicas.
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