Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Pré-candidato do União Brasil à Prefeitura de Fortaleza, o ex-deputado Capitão Wagner sinalizou nesta sexta-feira, 26, que irá rever, caso eleito, limites de velocidade estabelecidos em vias do município durante as gestões Roberto Cláudio (PDT) e José Sarto (PDT).
“Tem dois dados que nos dão condução do que deve ser feito. Primeiro, o município de Fortaleza, depois que reduziu a velocidade, teve um aumento no número de acidentes. O segundo é que no início da gestão Sarto a Prefeitura arrecadava R$ 35 milhões com multa, e hoje são R$ 165 milhões”, disse, em entrevista à Rádio O POVO/CBN.
Desde o início das gestões do PDT, a Prefeitura de Fortaleza tem promovido readequação de limites de velocidades em uma série de avenidas da Capital. No ano passado, pelo menos oito avenidas passaram a ter trechos com variação no limite de velocidade, indo de 40 km/h até 80km/h. A maioria, no entanto, segue limite de 50 km/h.
“É um aumento absurdo (de arrecadação), e a gente teve uma pandemia no meio de tudo isso. Então é preocupante a gente ver essa indústria da multa que se criou na cidade de Fortaleza a partir dessa redução das velocidades. Hoje a gente usa a tecnologia de forma muito intensa em Fortaleza, mas para punir o fortalezense, para cobrar taxas, impostos”, afirma.
Procurada pela coluna, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) destaca que a estratégia de criação de limites de velocidade segue recomendação global da Organização Mundial da Saúde (OMS), com impacto direto na taxa de letalidade de acidentes de trânsito.
Ou seja, a mudança “mira” na redução não do número total de acidentes, mas sim de acidentes com vítimas fatais. Neste sentido, a AMC informa que vias que tiveram a velocidade readequada registraram queda de até 68,1% no número de ocorrências com mortes. A Avenida Leste-Oeste, por exemplo, chegou a "zerar" o número de acidentes fatais no primeiro ano após implementação da medida. Antes, a média da via era de 11 óbitos por ano.
Já um estudo divulgado no ano passado pela AMC aponta que, em seis vias que tiveram a intervenção, aumento no tempo médio de viagem por quilômetro percorrido foi de apenas 6,08 segundos. A autarquia registra ainda que a estratégia não é aplicada apenas em Fortaleza, mas também em diversos países, como Noruega e Espanha.
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