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Ibama autua empresa do Fortal e embarga obra por desmatamento irregular
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Vertical política

Ibama autua empresa do Fortal e embarga obra por desmatamento irregular

Órgão constatou supressão irregular de vegetação, inclusive com derrubada de árvores, em área da obra de construção da nova Cidade Fortal, próxima do aeroporto de Fortaleza
O POVO esteve no local e constatou a presença do Ibama (Foto: Luiza Lima)
Foto: Luiza Lima O POVO esteve no local e constatou a presença do Ibama

A Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Ceará autuou nesta quarta-feira, 15, empresa responsável pela organização do Fortal por supressão irregular de vegetação na área da nova Cidade Fortal, terreno próximo ao Aeroporto Pinto Martins que pode receber a edição do evento de 2024.

Além do lavramento de auto de infração, o Ibama Ceará também determinou o embargo da obra na região até a solução de qualquer impasse ambiental no caso. A informação foi confirmada agora há pouco pelo superintendente do órgão no Estado, Deodato Ramalho. Como o episódio ocorreu no fim da tarde, a empresa só deverá ser notificada nesta quinta-feira, 16. 

Em entrevista à coluna, Ramalho destaca que o órgão foi acionado sobre o caso apenas nesta terça-feira, 14, realizando uma primeira inspeção no local ainda naquela data. Por complicações meteorológicas registradas no georreferenciamento naquele momento, no entanto, foi necessária uma nova visita ao local, realizada nesta quarta-feira, 15.

Na nova inspeção, fiscais do Ibama constataram que houve, de fato, desmatamento ilegal de parte do terreno da obra, inclusive com a derrubada de árvores. Como a região possui trechos de Mata Atlântica, qualquer ação deste tipo precisaria de autorização expressa da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

Até agora, no entanto, a Semace só teria elaborado um parecer sobre o terreno, constatando a presença de 80% de vegetação nativa, incluindo espécies indicadoras do bioma Mata Atlântica, o que exigiria uma Autorização para Uso Alternativo do Solo (UAS). Até agora, no entanto, não foi emitida qualquer autorização neste sentido.

O caso envolvendo a supressão de vegetação da área é levantado desde a semana passada pelo vereador Gabriel Aguiar (Psol). Nesta terça-feira, o parlamentar denunciou o início do desmatamento do local, chegando a levar o assunto duas vezes à tribuna da Câmara Municipal.

Procurada pela coluna, a organização da Fortal afirmou, em nota, não ter sofrido ainda nenhum tipo de embargo. “O evento não recebeu nenhuma notificação ou autuação oficial nesse sentido. Todas as licenças necessárias para o projeto foram requeridas e estão em análise pelos órgãos ambientais competentes, seguindo rigorosamente o processo legal”, diz.

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