Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Um coletivo de 88 biólogos, que inclui pesquisadores e profissionais do setor, lançou nesta quinta-feira, 16, uma Carta Aberta em defesa da área de Mata Atlântica existente no entorno do Aeroporto Pinto Martins, hoje cotada para receber a edição deste ano do Fortal.
No documento, os biólogos destacam importância da área para a biodiversidade de Fortaleza, existindo hoje como um dos últimos fragmentos de Mata Atlântica restantes na capital cearense. Neste sentido, destacam proteção do espaço prevista na Lei 11.428/2006, conhecida como Lei da Mata Atlântica.
Na última terça-feira, 14, a área foi alvo de uma operação de supressão de vegetação nativa. Provocado pelo vereador Gabriel Aguiar (Psol), a superintendência do Ibama no Ceará realizou inspeção no local que autuou a empresa organizadora do Fortal e embargou a obra até a emissão de todas as licenças ambientais envolvendo o projeto.
A Carta Aberta inclui assinatura de diversos profissionais atuantes no setor, incluindo professores da graduação em Biologia e da pós-graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal do Ceará. O documento inclui tanto a assinatura dos profissionais quantos seus registros no Conselho Regional de Biologia.
“Além de sua importância ecológica, as áreas verdes em zonas urbanas desempenham um papel fundamental na prestação de diversos serviços ecossistêmicos essenciais para a sociedade que em caso de interrompimento, certamente demandaria grande aporte econômico para substituí-los, afora outros prejuízos incalculáveis”, afirma o documento.
Neste sentido, os biólogos explicam que áreas do tipo atuam como "reguladoras do microclima urbano", absorvendo dióxido de carbono e outros poluentes do ar e reduzindo efeitos de ilhas de calor. “A destruição dessas áreas representa não apenas uma perda irreparável em termos de biodiversidade, mas também a privação dos benefícios ecossistêmicos vitais que elas proporcionam à sociedade”, afirmam.
“Nossa opinião enquanto biólogos e biólogas, profissionais dedicados à proteção e conservação da natureza, não é um empecilho ao desenvolvimento, mas sim uma voz em defesa do equilíbrio entre o progresso humano e a preservação ambiental”, continuam, destacando existência de alternativas para a realização do evento.
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