
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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A vereadora Professora Adriana Almeida (PT) acusa o colega de parlamento, Adail Júnior (PDT), de misoginia após falas do vereador indagando se ela era “louca”. O caso ocorreu na sessão dessa quarta-feira, 19, na Câmara Municipal de Fortaleza.
A vereadora petista subiu à tribuna para colocar pautas e reivindicações dos professores e funcionários de escolas do município de Fortaleza, categoria da qual é uma das representantes no parlamento.
Adail então subiu à tribuna para defender o prefeito Sarto e destacou feitos da gestão, como o passe livre. Foi então que citou a lei do piso dos professores, anteriormente comentada por Adriana.
“Puxa outro assunto vereadora Adriana, pelo amor de Deus. Tenho certeza que as lideranças do Ceará estão indignadas com vossa excelência. Estão se tremendo todinha (falando) pelo amor de Deus essa mulher é louca”, disse na tribuna o pedetista.
Adriana prontamente pediu respeito e Adail indagou “o que é que estou dizendo?”. Bruno Mesquita (PSD), que presidia a sessão no momento da discussão, interrompeu e pediu para que fosse analisada a fala do vereador.
Adail então retomou a fala e continuou: “a oposição da esquerda é muito sensível, estão acostumados a falar inverdade aqui na tribuna. Agora tudo que a gente fala é sensível, eu vou perguntar de novo. A senhora é louca? A senhora é louca?”, disse um nervoso Adail Júnior.
Adriana voltou à tribuna e fez discurso emocionado, exigindo respeito por ela e sua posição como mulher dentro do parlamento. “Nós não vamos aceitar ser chamadas de loucas porque nós defendemos nossos direitos. Tem que acabar com isso dentro dessa casa”, disse.
“Não sou louca vereador, sou uma mulher de luta, de garra e tenho muita coragem, sim, de defender a educação e de colocar nossas pautas. Isso não lhe dá o direito de chegar aqui e dizer que a população me vê como louca”, encerrou Adriana com a voz embargada.
A Frente Parlamentar de Combate à Violência de Gênero da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), presidida pela deputada Larissa Gaspar (PT), prestou solidariedade a Adriana.
Em nota, a frente parlamentar repudiou “todo ato de machismo e misoginia nas casas legislativas, que tentam silenciar e deslegitimar o trabalho das mulheres na política”.
Outros políticos, como os vereadores Ronivaldo Maia (PSD), Gabriel Biologia (Psol), Adriana Gerônimo (Psol) e Dr. Vicente (PT), também prestaram solidariedade. Além deles, os deputados federais Luizianne Lins (PT) e Idilvan Alencar (PDT) se solidarizaram.
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