
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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O prefeito José Sarto (PDT) voltou a tentar colar o termo “covarde” no candidato do PT à Prefeitura de Fortaleza, Evandro Leitão. Durante debate promovido pela TV Band Ceará nessa quinta-feira, 8, Sarto relembrou que Evandro não assinou a CPI do narcotráfico sob alegação de temer pela segurança da sua família.
“Vocês (fazendo referência ao PT) entregaram os presídios para as facções e é de lá que se comandam as chacinas, os crimes, os furtos e os roubos que aterrorizam nossa cidade. Você, covardemente, se recusou a assinar a CPI”, criticou Sarto.
Evandro iniciou sua resposta pedindo respeito a sua trajetória de vida e afirmou que a CPI do narcotráfico tinha intuito eleitoreiro e por isso “jamais iria aceitar esse tipo de coisa”. No entanto, a resposta diverge do que o deputado afirmou na época.
“É muito fácil estar se cobrando nesta Casa a CPI do narcotráfico. Eu botar minha assinatura, não boto, não. Eu tenho três filhos para criar, eu tenho um neto, eu não ando com segurança 24 horas do meu lado”, disse Evandro em 2018, quando era líder do governo Camilo.
Sarto usou a réplica para continuar o ataque a Evandro: “é muita cara de pau um candidato como você, Evandro Leitão, que já confessou ter medo de investigar facção, querer ser candidato a prefeito de Fortaleza, uma cidade amedrontada. O gabinete do prefeito, candidato, não é lugar de covarde”.
Evandro, na tréplica, rebateu: “covarde é que o senhor faz com a população fortalezense, candidato Sarto. Covarde são os pais e as mães que ficam anos em uma fila para pegar uma vaga de creche. Covarde é um cidadão fortalezense ir no posto de saúde e não ter remédio, não ter médico, isso que é covardia”.
A CPI do narcotráfico foi protocolada em 2015 pela deputada Rachel Marques (PT) e chegou a ter sua instalação defendida pelo governador Camilo Santana, no entanto, alguns deputados rechaçaram a ideia temendo represálias.
Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará na época, Zezinho Albuquerque disse não concordar com a iniciativa, pois seria uma questão de responsabilidade do Governo Federal.
Por Yuri Gomes - Especial para O POVO
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