
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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A Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta-feira, 14, projeto do deputado Apóstolo Luiz Henrique (Republicanos) que inclui o tema “Bíblia nas Escolas” como transversal em currículos da rede pública de ensino no Ceará. Originalmente direcionada apenas à Bíblia do cristianismo, projeto recebeu emenda para atingir outras religiões.
A modificação no texto foi apresentada pelo líder do governo na Casa, Romeu Aldigueri (PDT). Na prática, a emenda ampliou o projeto original de Luiz Henrique, que falava apenas da Bíblia cristã, para incluir “livros e textos sagrados de religiões praticadas no Brasil” no acervo de bibliotecas das escolas da rede estadual.
A votação teve votos contrários tanto da opositora Dra. Silvana (PL), que contestou a inclusão de outras religiões no texto, quanto da governista Larissa Gaspar (PT), vice-líder do governo na Assembleia. Outros votos contrários foram Emilia Pessoa (PSDB), Pastor Alcides Fernandes (PL), Lia Gomes (PDT) e Renato Roseno (PDT).
Apesar de rejeitada por setores evangélicos da oposição, a proposta foi celebrada por integrantes da fé protestante aliados pelo governo. Além de Apóstolo Luiz Henrique, o deputado David Durand, pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, também comemorou a aprovação da matéria.
Matéria tem co-autoria do presidente da Assembleia e pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza, Evandro Leitão (PT). Originalmente uma proposta de pouco impacto, o Projeto de Indicação de Luiz Henrique ganhou nova proporção após ser respaldado publicamente por Elmano de Freitas durante participação em evento religioso em Fortaleza.
Falando para uma plateia de evangélicos, Elmano prometeu que bíblias serão “compradas e colocadas” em escolas do Estado. Evento era comandado por Luiz Henrique e a esposa, a pré-candidata a vereadora de Fortaleza Bispa Vanessa (Republicanos). Depois da repercussão do caso, Elmano afirmou que a ação incluiria textos de outras religiões.
“Nós somos um Estado laico, mas não devemos ser um Estado antirreligioso. Nós temos que ser um estado que reconhece a religiosidade do povo brasileiro e o Estado do Ceará reconhece a religiosidade do povo cearense, mas não vai obrigar ninguém, estimular ou induzir ninguém a ser de religião A ou B, mas, aquele que quer ser, vai encontrar na biblioteca livros de qualquer religião que ele queira professar”, disse Elmano.
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