Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Segunda rodada da pesquisa Datafolha para a Prefeitura de Fortaleza, divulgada pelo O POVO nesta quinta-feira, 22, traz como dado significativo a perda da liderança isolada de Capitão Wagner (União) na disputa. Em comparação com o levantamento de junho, Wagner oscilou três pontos para baixo, indo de 32% para 29% das intenções de voto.
Com quase uma semana de campanha nas ruas, Wagner agora divide a posição com José Sarto (PDT), que oscilou quatro pontos para cima e foi de 19% para 23%. Como a margem de erro da pesquisa é de quatro ponto percentuais para mais ou para menos, isso significa que os dois são considerados hoje tecnicamente empatados na liderança da disputa.
A diminuição na distância entre os dois ocorre após o prefeito promover verdadeira guinada em sua própria imagem nas redes sociais. Desde o início do período pré-eleitoral, José Sarto vem investindo em um estilo “zoeiro”, marcado pelo uso de gírias, edições rápidas e muitas referências a memes de redes como o TikTok.
Outro item adotado pelo pedetista foram os óculos Juliet, muito comuns entre os jovens da periferia de Fortaleza, que foram parar até na fachada do Comitê Central da candidatura. A isso, soma-se a presença constante do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), principal cabo eleitoral de Sarto, em peças e eventos da campanha pedetista.
Polêmico, o novo estilo está longe de ser unanimidade e atrai muitas críticas, sobretudo de adversários que cobram postura mais “séria” do prefeito da quarta maior Capital do Brasil. Na política, no entanto, muitas vezes impera a velha máxima: fale bem ou fale mal, mas fale de mim.
Funciona mais ou menos assim: um vídeo começa com um cidadão ameaçando abrir um coco com a cabeça. Na “hora H”, o coco abre e o que aparece é a careca do ex-prefeito Roberto Cláudio, que sorri para a câmera e questiona: “Bora entrar de cabeças nas mudanças?”. A partir daí, o vídeo corta para uma série de ações da gestão Sarto.
Dessa forma, um vídeo de campanha que dificilmente seria assistido completamente, que dirá compartilhado, acaba ganhando tração e engajamentos. A estratégia vale ainda mais no cenário atual de polarização, onde conteúdos eleitorais costumam ser mais rejeitados por apoiadores de candidatos A ou B.
O crescimento é sustentável e deve se confirmar ao longo da campanha? Aí é uma pergunta para os próximos capítulos. Vale lembrar que, a preço de hoje, a liderança continua com Capitão Wagner, que segue forte no jogo.
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