
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Duas das principais lideranças políticas do Ceará, o ministro Camilo Santana (PT) e o senador Cid Gomes (PSB) figuram em situação curiosa no balanço dos resultados da eleição deste ano. Vitoriosos no quadro geral de prefeituras no Estado, ambos também sofreram derrotas em municípios simbólicos para suas lideranças.
Caso mais simbólico envolve Cid, que coordenou seu partido com o objetivo de manter o PSB na posição de sigla com o maior número de prefeitos no Ceará. A estratégia deu certo, com o partido elegendo 65 gestores em todo o Estado. Principal adversário direto do senador nessa disputa, o PSD saiu enfraquecido das urnas, com 15 prefeitos eleitos.
As vitórias, no entanto, não “apagam” a derrota sofrida por Cid em Sobral, reduto político da família Ferreira Gomes. Governando o município desde 1996 – quando o próprio senador foi eleito prefeito –, o clã foi parte derrotada em uma das disputas mais acirradas do Ceará, com vitória de Oscar Rodrigues (União) sobre a ex-governadora Izolda Cela (PSB).
Camilo, por outro lado, também teve vitórias expressivas na eleição deste ano, conseguindo tanto levar Evandro Leitão (PT) para o 2º turno quanto eleger prefeitos prefeitos de Barbalha e Crato, seu berço político e sua terra natal, respectivamente. No quadro geral, o PT também saiu fortalecido da disputa, com 46 prefeitos eleitos.
O ministro, no entanto, acabou não conseguindo eleger Fernando Santana (PT) em Juazeiro do Norte, em disputa histórica que terminou com a reeleição de Glêdson Bezerra (Podemos) no município. Durante a campanha, o município foi um dos principais “investimentos” de Camilo, que participou de diversos eventos ao lado de Santana.
Em ambos os casos, há também um componente “familiar” nas derrotas dos dois líderes cearenses. No caso de Cid, derrota em Sobral também faz o irmão do senador, o atual prefeito Ivo Gomes (PSB), terminar sua gestão sem a eleição de sua sucessora no município. Já Camilo possui relação direta com o próprio candidato derrotado, uma vez que Fernando Santana é concunhado do ministro.
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