Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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A Justiça do Rio de Janeiro iniciou nesta quarta-feira, 30, o julgamento dos acusados de executarem, em março de 2018, os assassinatos daa vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes. Em referência ao caso, diversas entidades e parlamentares de esquerda realizaram ato em frente ao Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, cobrando justiça.
“Não podemos deixar essa impunidade aberta sob o risco de legitimar outras violências políticas”, afirma o deputado Renato Roseno (Psol), que participou do ato representando o Escritório Frei Tito de Direitos Humanos e Assessoria Popular (EFTA) e a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC) da Assembleia Legislativa do Ceará.
Irão a júri popular nesta quarta-feira os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, assassinos confessos da vereadora e do motorista. No julgamento, que terá participação de ambos por videoconferência, o Ministério Público do Rio de Janeiro deverá requerir a condenação máxima, com pena que pode chegar a 84 anos de prisão.
Na delação premiada em que confessaram o assassinato, Lessa e Queiroz apontaram o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão, como mandantes do crime. Os irmãos negam envolvimento no crime e recorrem na Justiça.
Roseno destacou que o caso tem diversos significados, representando uma violência política de gênero contra uma mulher negra, periférica, LGBT e no exercício do mandato. “Simboliza essa relação trágica entre crime, polícia e política, que lamentavelmente cresceu de 2018 pra cá, por isso mesmo é tão importante que essa ferida não permaneça aberta”.
Presente no ato, a deputada Larissa Gaspar (PT) também cobrou justiça no caso. “(Marielle e Anderson) foram “vítimas de uma violência política, de uma execução política em função de toda a luta da vereadora no Rio de Janeiro contra as milícias, em defesa do povo negro, em defesa da população periférica, das mulheres, das populações LGBTs”, disse.
Também participaram do ato os vereadores de Fortaleza Adriana Gerônimo (Psol) e Gabriel Biologia (Psol), além de militantes, coletivos e entidades de defesa da justiça e da memória. Destacando também ser uma mulher negra, periférica, LGBT e mãe, Adriana Gerônimo reforçou a importância de honrar o legado de Marielle para que outras mulheres se sintam encorajadas e, sobretudo, protegidas para ocuparem espaços de poder e decisão.
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