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MP denuncia vigilantes por agressão, ameaça e injúria racial em Juazeiro do Norte
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Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza

Vertical política

MP denuncia vigilantes por agressão, ameaça e injúria racial em Juazeiro do Norte

Seguranças são acusados de terem agredido e ameaçado cortar os cabelos longos de um homem de pele negra em praça do município do Cariri
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Imagem de apoio ilustrativo exibe a fachada do MPCE. Nota técnica interna contém critérios para avaliar denúncias de nepotismo no Ceará. Três pontos principais guiam a avaliação: o grau de parentesco, o vínculo de subordinação e a inexistência de cargo político (Foto: MPCE/divulgação)
Foto: MPCE/divulgação Imagem de apoio ilustrativo exibe a fachada do MPCE. Nota técnica interna contém critérios para avaliar denúncias de nepotismo no Ceará. Três pontos principais guiam a avaliação: o grau de parentesco, o vínculo de subordinação e a inexistência de cargo político

O Ministério Público do Estado do Ceará, por meio da 12ª Promotoria de Justiça de Juazeiro do Norte, denunciou nesta quarta-feira, 15, os vigilantes Paulo Luiz da Silva e Emerson Leandro Leite, da empresa Cariri Monitoramento, pelos supostos crimes de agressão física e moral, injúria e ameaça contra um homem de iniciais J.P.S.N.

A denúncia envolve episódio ocorrido na madrugada de 30 de setembro de 2024, em uma praça do bairro Socorro. Segundo o MPCE, os vigilantes ordenaram a vítima, um homem de pele negra e cabelos longos tipo “rastafari”, a ficar de joelhos e começaram a agredi-la com socos, tapas, puxões de cabelo, palavras de baixo calão e ameaças.

Ainda de acordo com a promotoria de Juazeiro, os agressores teriam inclusive ameaçado cortar o cabelo da vítima com uma faca. “Além disso, as imagens extraídas do vídeo anexado ao inquérito revelaram que a vítima foi coagida pelos vigilantes, que determinaram que o homem não frequentasse mais a praça fora de horário”, diz nota do MPCE.

Em depoimento, ambos os seguranças confessaram os fatos, mas afirmaram não lembrar da motivação da abordagem ao rapaz. A vítima, por sua vez, disse que já havia sido agredido e coagido anteriormente pelos acusados no mesmo local.

“Diante dos fatos, O MP do Ceará requer a devida reparação dos danos materiais e morais causados à vítima e que os denunciados sejam condenados ao pagamento de indenização no valor de, no mínimo, 20 salários-mínimos. O MP pede ainda que os seguranças sejam proibidos de frequentarem o local do crime, a manterem contato com a vítima e a se ausentarem da comarca de Juazeiro do Norte”, conclui nota do órgão.

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