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Sindicato rebate Evandro sobre retroativo "inviável": "Falta é de vontade política"
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Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza

Vertical política

Sindicato rebate Evandro sobre retroativo "inviável": "Falta é de vontade política"

Prefeito argumenta que retroagir pagamentos até 1º de janeiro inviabilizaria o custeio da máquina municipal; categorias apontam previsão de crescimento de receita
SINDIFORT realizou assembleia na manhã de ontem no Centro para votar a proposta da Prefeitura (Foto: MAURI MELO/O POVO)
Foto: MAURI MELO/O POVO SINDIFORT realizou assembleia na manhã de ontem no Centro para votar a proposta da Prefeitura

Dirigentes de entidades de servidores públicos de Fortaleza rebateram nesta quarta-feira, 9, fala do prefeito Evandro Leitão (PT) afirmando ser “inviável" o pagamento de retroativos relativos à data base de categorias municipais, em 1º de janeiro.

“É perfeitamente possível”, diz Augusto Monteiro, secretário geral do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Fortaleza (Sindifort), que destaca a possibilidade de aumento de receitas da gestão para 2025. “A gente avalia que o que está acontecendo é falta de vontade política em valorizar e resolver a situação de servidores”, diz o sindicalista.

Em entrevista ao O POVO, Evandro disse estar aberto ao diálogo com categorias. Ele destaca, no entanto, pouco tempo de gestão e situação financeira delicada dos cofres municipais. "O retroativo eu não tenho condições. A cada 1% desse reajuste, corresponde a quase R$ 30 milhões. Eu não posso estar agindo com irresponsabilidade”, diz.

"Os servidores têm que ter essa compreensão de como eu peguei a Prefeitura. Da situação, de que hoje esse retroativo é inviável. Eu não tenho condições. Continuo aberto, mas também dentro de um contexto que me permita honrar com o acertado", continua o prefeito.

Com novas mobilizações de servidores em vista, Augusto destaca que categorias “não abrirão mão” da questão do retroativo. “Seria um acumulado de perdas muito grande. Se juntar só a inflação nesse período é de 8%”, afirma. Atualmente, proposta da gestão envolve reajuste fracionado de 2% na folha de junho e outros 2,8% em dezembro.

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