
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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A vereadora Adriana Gerônimo (Psol) denunciou nesta terça-feira, 22, na Câmara Municipal um episódio de intolerância religiosa ocorrido no último fim de semana contra o Templo de Umbanda Aymoré, localizado no bairro Jangurussu, em Fortaleza.
Segundo uma publicação do próprio espaço nas redes sociais, o templo foi alvo de ação da Polícia Militar durante a realização de uma celebração religiosa, a portões fechados, no último domingo, 20. A abordagem teria sido motivada por denúncias “infundadas e preconceituosas” de vizinhos, que terminaram com a entrada de agentes no espaço.
O caso foi levado ao plenário por Adriana, que defendeu resposta do Legislativo no caso. “Quero prestar minha solidariedade integral e colocar nossa Comissão de Direitos Humanos à disposição do pai Tiago e seus filhos para que a gente possa levar uma denúncia formal, para que não fique na invisibilidade e muito menos na impunidade”, disse.
Neste sentido, a vereadora destacou o terreiro como ponto importante de preservação da cultura africana e da espiritualidade de diversas religiões de matrizes africanas em Fortaleza. A violação destes espaços, portanto, violaria direitos garantidos tanto pela Constituição Federal quanto pela lei dos crimes por preconceito de raça ou de cor.
“Intolerância religiosa é crime. Quando atacam um terreiro, atacam toda uma história ancestral, uma comunidade, uma rede de fé, cultura e resistência. É por isso que é tão importante denunciar. Denunciar é dizer: não estamos sozinhos, não vamos nos calar e não vão nos calar!”, denuncia o Templo Aymoré nas redes.
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