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Alece aprova Patativa do Assaré como Patrono da Cultura Popular Cearense
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Alece aprova Patativa do Assaré como Patrono da Cultura Popular Cearense

Projeto de lei destaca vida do poeta, compositor, cantor e improvisador Antônio Gonçalves da Silva, "rebatizado" de Patativa em homenagem ao pássaro a autor
Patativa do Assaré, patrono da Cultura Popular Cearense (Foto: Jarbas de Oliveira em 10/08/1998)
Foto: Jarbas de Oliveira em 10/08/1998 Patativa do Assaré, patrono da Cultura Popular Cearense

A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou nesta quarta-feira, 23, projeto de lei que reconhece o poeta popular, compositor, cantor e improvisador Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré, como Patrono da Cultura Popular Cearense.

“Patativa é uma voz, é mais que um canto ou uma poesia, é a expressão viva da dureza do homem sertanejo. Ele trouxe a realidade campesina para a cidade grande e virou objeto de estudo inclusive na universidade de Sorbonne. Merece todas as homenagens”, destaca De Assis (PT), autor da homenagem.

A proposta, que é assinada também por Nizo Costa (PT) e Danniel Oliveira (MDB), destaca trajetória de Patativa do Assaré como um dos mais reconhecidos poetas brasileiros, assim como sua significação especial para o Nordeste do País.

“Poeta, compositor, cantor e improvisador, ele teceu com palavras simples e melodias vibrantes a rica tapeçaria da vida no sertão. Nascido em 5 de março de 1909, em Assaré, Ceará, Patativa viveu a dura realidade do sertanejo. Filho de agricultores pobres, perdeu a visão de um olho na infância e aos oito anos já enfrentava a enxada na roça”, diz a lei.

“A educação formal durou pouco, mas não sufocou a chama da poesia. Aos doze anos, Patativa rabiscava seus primeiros versos e aos dezesseis, ganhou da mãe a viola que seria sua companheira inseparável. Com ela, ele desbravou o sertão, declamando repentes e cantando as histórias e dores do povo”, continua a justificativa do projeto.

Lei destaca importância de grandes sucessos do compositor, “rebatizado” em homenagem ao pássaro de mesmo nome, como “Inspiração Nordestina”, seu primeiro livro de poesias, e outras obras como "Ispinho e Fulô", "Aqui Tem Coisa", “Cante Lá que Eu Canto Cá” e "A Triste Partidas", sendo estas duas últimas tendo sido eternizadas por gravações de Luiz Gonzaga.

“Sua poesia, rica em metáforas e linguagem coloquial, abordava desde a seca e a pobreza até o amor, a fé e a esperança do povo sertanejo. Patativa também era um mestre da improvisação, capaz de tecer versos instantâneos sobre qualquer tema. Reconhecido por seu talento, recebeu diversos prêmios e títulos, como o Prêmio Jabuti e a Ordem do Mérito Cultural”, destaca o projeto, que segue para sanção do governador Elmano de Freitas (PT).

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