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Líder de Evandro minimiza alterações no Fortaleza Inclusiva: "Não interfere em nada"
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Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza

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Líder de Evandro minimiza alterações no Fortaleza Inclusiva: "Não interfere em nada"

Programa de proteção a populações vulneráveis foi alterado pela Câmara para remover trechos sobre diversidade "racial" e "de gênero"
Bruno Mesquita (PSD) é líder do governo Evandro Leitão (PT) no Legislativo (Foto: Divulgação/CMFor)
Foto: Divulgação/CMFor Bruno Mesquita (PSD) é líder do governo Evandro Leitão (PT) no Legislativo

O líder do governo Evandro Leitão (PT) na Câmara Municipal de Fortaleza, Bruno Mesquita (PSD), minimizou recente recuo da base da gestão frente a bancadas conservadoras do Legislativo na votação que aprovou o programa Fortaleza Inclusiva, que possibilita uma série de ações de assistência à populações vulneráveis da Capital.

Aprovado nesta quarta-feira, 23, o texto do prefeito foi alterado por uma emenda coletiva que retirou do texto um trecho que previa o apoio a iniciativas de "promoção do reconhecimento da diversidade racial, social, de gênero e territorial”. Articulada por conservadores, a medida foi alvo de protestos pela bancada do Psol na Casa.

Bruno Mesquita afirma, no entanto, que mudança “não vai interferir” no projeto em si, que pretende, entre outros pontos, habilitar a criação de programas de combate à fome e de atendimento a pessoas com necessidades especiais. “A gente não mexeu no que era mais importante no projeto. A gente não mexeu no objetivo, nas diretrizes dele”, disse.

“A gente tirou um item, um subitem, na verdade, que estava falando de política socioambiental, o que não vai interferir em nada no projeto (...) a gente não tirou nenhuma garantia, porque se tirasse uma garantia de qualquer tipo de povo, qualquer tipo de situação, eu era o primeiro a ser contra”, continua o vereador.

Além disso, Mesquita destaca que o texto do programa prevê autonomia à Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social para incluir, por decreto, quaisquer outras populações vulneráveis que a pasta considerar necessárias. “A gente apenas resolveu uma questão de um subitem que em nada modificou o que era mais importante”, diz.

A mudança, no entanto, foi questionada na tribuna pela vereadora Adriana Gerônimo (Psol). “Qual é a justificativa, em um projeto que fala de inclusão, excluir racialidade, questões sociais, questões de desigualdade de gênero entre homens e mulheres, e territorial? Como um projeto de inclusão exclui a maior parcela da sociedade?”, diz. (colaborou Camila Maia - Especial para O POVO)

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