O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) deu parecer favorável para a prisão preventiva do empresário Israel Leal Bandeira Neto, de 41 anos, ontem, por crime de importunação sexual. A prisão foi representada pela Polícia Civil do Ceará, por meio da Delegacia de Defesa da Mulher, que acompanha o caso.
O MPCE denunciou Israel Leal Bandeira Neto por meio da promotoria de Justiça de Fortaleza. O caso, que teve repercussão nacional , ocorreu no dia 15 de fevereiro deste ano, em um prédio comercial em Fortaleza. A nutricionista Larissa Duarte estava no elevador e foi abordada pelo empresário, que tocou suas partes íntimas.
A vítima relatou ao O POVO que gritou e não encontrou o homem, que fugiu. No entanto, as câmeras de segurança do elevador flagraram a ação. No mesmo dia do crime, a nutricionista procurou a delegacia e registrou o Boletim de Ocorrência.
Na última quinta-feira, 21/3, Israel Leal Bandeira Neto compareceu à Delegacia de Defesa da Mulher, onde prestou depoimento. O advogado de Israel Bandeira publicou uma nota informando que ele não possui antecedentes criminais e declara profundo arrependimento e desejo de se retratar com a vítima.
A versão do empresário é de que confundiu a vítima com outra pessoa de quem era íntimo. A nutricionista Larissa Duarte, no entanto, desmentiu a versão e afirmou que dentro do elevador não houve qualquer conversa entre os dois. Fato comprovado pelas câmeras de segurança do prédio.
Após a primeira denúncia, outras mulheres se sentiram encorajadas e procuraram a Polícia Civil para relatar um caso semelhante envolvendo Israel Bandeira. As vítimas, mãe e filha, também relatam que estavam dentro de um elevador quando teriam sido importunadas sexualmente por ele. As duas reconheceram Israel por meio dos vídeos do caso da nutricionista.
Larissa, em entrevista ao O POVO, aconselhou que mulheres vítimas de importunação ou qualquer tipo de violência denunciem e não se calem.
“Espero que ele não fique impune, que a Justiça seja feita a partir do vídeo que foi divulgado. Mais duas vítimas tiveram coragem de denunciar. É uma situação que não foi a primeira vez e que possivelmente não ia ser a última vez. Quero que a Justiça seja feita para que uma situação como essa não possa passar despercebida”, comenta.
A vítima diz que espera que o caso sirva de exemplo. “Que outras mulheres se sintam encorajadas a denunciar. A não deixar essa situação despercebida. Tem que denunciar, pois é expondo que fará a diferença", comenta.