O Ceará conseguiu vacinar quase todas as crianças nascidas em 2023 com a vacina contra a poliomielite. Conforme levantamento feito pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), nasceram 105.687 crianças no Ceará no ano passado e foram aplicadas 105.519 primeiras doses da Pólio Injetável, o que representa 99,8% dessa população.
A cobertura vacinal de todos os imunizantes vem sofrendo quedas desde 2018 no Estado. No entanto, a partir de 2022 é possível observar um aumento das coberturas vacinais. Em 2023, de acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), o Ceará atingiu 93,01% do público alvo para a vacina da poliomielite. A meta é atingir os 95%.
No Brasil, o Unicef destaca a diminuição do número de crianças sem vacina. Em 2022 nasceram 2,56 milhões de crianças no Brasil e foram aplicadas 2,32 milhões de primeiras doses da Pólio (VIP) – o que significa que 243 mil crianças não receberam a primeira dose contra a pólio.
Em 2023, esse dado melhorou: nasceram 2,42 milhões de crianças no Brasil e foram aplicadas 2,27 milhões de primeiras doses da Pólio Injetável, ficando faltando 152,5 mil crianças sem vacina.
“Estamos vivendo uma virada na direção de alcançarmos as coberturas vacinais necessárias para proteção de nossas crianças. Das 16 vacinas infantis recomendadas no calendário, 13 apresentaram aumento na cobertura em todo o Brasil, comparado ao registro de 2022”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 23.
O ministério destaca as vacinas contra a poliomielite (VIP e VOP), pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana (DTP) como as que mais cresceram em cobertura.
Os índices aumentaram em média 7,1 pontos percentuais. Nacionalmente, a vacina que mais cresceu em cobertura foi o reforço da tríplice bacteriana, com 9,23 pontos, saindo de 67,4% em 2022 para 76,7% em 2023. Mesmo assim, nenhuma das vacinas chegou a cobertura de mais de 90%.
Nísia destaca como fatores contribuintes para a melhora nas coberturas a criação do Movimento Nacional pela Vacinação e a adoção da estratégia de microplanejamento, que leva em consideração as particularidades e desafios de cada município para vacinar a população.
Fonte: Ministério da Saúde