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Segundo delegado, assassino exigia que namorada deixasse o trabalho
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Segundo delegado, assassino exigia que namorada deixasse o trabalho

O homem não aceitava que a namorada, funcionária do IJF, tivesse colegas de trabalho. Suspeito permaneceu 24 minutos dentro da unidade de saúde
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Assassinato aconteceu nas dependências do IJF (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Assassinato aconteceu nas dependências do IJF

Francisco Aurélio Rodrigues de Lima, preso suspeito de decapitar o zelador Francisco Mizael Sousa da Silva, de 29 anos, dentro do Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro de Fortaleza, exigia que a namorada abandonasse o emprego e não aceitava o fato da mulher ter colegas de trabalho. A informação é do delegado Ricardo Pinheiro, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).  

Conforme o delegado, os dois trabalhavam na unidade de saúde, mas após deixar o emprego no IJF, o suspeito de 41 anos de idade passou a "se incomodar" com as amizades da mulher e relatou que faria uma "loucura". Essas ameaças se estendiam durante semanas, mas a mulher, funcionária do hospital, não imaginava a tragédia que estava prestes a acontecer.

De acordo com as investigações, nas últimas semanas o homem teria discutido com o pai da namorada e a confusão teria causado o término do namoro, que acabou sendo reatado depois. No depoimento à Polícia, a mulher disse que não teve nenhum relacionamento com a vítima.

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O homem suspeito de matar e decapitar o funcionário do IJF permaneceu 24 minutos dentro da unidade de saúde. A informação é baseada nas câmeras de vigilância obtidas pelo O POVO. As imagens mostram o momento em que o suspeito entra na unidade, às 8h15min, e depois quando ele foge, às 8h39min.

Conforme fonte ouvida pelo O POVO, o homem foi funcionário do hospital, sabia exatamente o local onde estava Mizael e agiu de forma rápida. Ele passou por corredores e seguiu para a cozinha, onde estava o zelador de copa. Aurélio Rodrigues era ex-funcionário há dois anos, no entanto, teve a biometria aceita e adentrou no IJF.

Depois dos tiros houve forte movimentação policial e as buscas pelo autor começaram na unidade. Muitos funcionários choravam e se mostravam perplexos com a situação. Outro funcionário, que atuava como "maqueiro", saiu ferido e passou por cirurgia.

Francisco Aurélio foi preso horas depois do crime, no distrito de Patacas, na zona rural de Aquiraz. Após ser preso, o indivíduo exerceu o direito de ficar em silêncio.

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