A vacinação contra a dengue começou em Fortaleza e em outros três municípios do Ceará — Aquiraz, Eusébio e Itaitinga — para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos ontem de manhã. Conforme dados do IntegraSUS, o Estado teve 4.077 casos confirmados da doença até o momento. Um óbito foi confirmado.
Na Capital, foram 781 casos confirmados e nenhum registro de morte. Apesar dos números relativamente baixos, Galeno Taumaturgo, titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Fortaleza, destaca que a situação da dengue na Capital sempre deve ser de alerta.
"Alerta no sentido de cuidado. Os agentes de saúde fazendo seu trabalho, a população fazendo sua parte. Do ponto de vista prático, não tivemos um aumento acentuado. Tá dentro do esperado", destaca o secretário.
Na Capital, 18 postos estão aplicando o imunizante. Cerca de 154 mil crianças e adolescentes fazem parte do público-alvo no Município. Fortaleza, no entanto, recebeu apenas 38 mil unidades para a 1ª dose na região, o que deve contemplar 24% do grupo etário.
“A gente quer que as doses fiquem zeradas. Queremos utilizar todas as doses. Logicamente, não será suficiente para todos, mas aí o Ministério da Saúde (MS) vai se reposicionar. Nossa preocupação é que as pessoas procurem [as vacinas]”, diz o Galeno.
Ainda de acordo com o secretário, não existe previsão para que outros grupos entrem no cronograma de vacinação. “Esse grupo [de crianças] foi o que observou a maior incidência de casos graves. Então, o Ministério da Saúde (SMS) redirecionou para esse grupo.”
O Posto de Saúde Célio Brasil Girão, localizado no Bairro Cais do Porto, em Fortaleza, amanheceu bem movimentado ontem, 13, mas poucas pessoas buscaram a vacina da dengue em específico. O POVO esteve na unidade das 8h30 até as 9h40 e encontrou apenas uma mãe que levava o filho para se imunizar.
Foi Elisângela Ferreira Rodrigues da Silva, 49. Ela tinha levado o filho, Gabriel Ferreira, 11, para fazer um exame no pé e aproveitou a viagem para imunizar a criança. “Essa vacina é muito importante. Se a mãe não trazer a criança para se imunizar, ela [o pequeno] pode até vir a óbito.”
Perto de onde Elisângela vive, no Cais do Porto, vários casos de dengue já foram registrados no passado, de acordo com ela. “Eu tive uma sobrinha que morreu dessa doença. Ela tinha meses [de idade] e morreu de dengue.”
A vacinação é composta por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. As crianças infectadas devem aguardar seis meses após a vacinação para tomar o imunizante. Caso a criança contraia a doença após a primeira dose, o intervalo de três meses para a segunda não é alterado, porém, a imunização não deve ocorrer em um período inferior a 30 dias do início da doença.
Documento original da criança/do adolescente, como Registro Geral (RG) ou certidão de nascimento, como também um documento original do responsável.
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