Conforme o infectologista Francisco Cândido, do Hospital São José, a leptospirose tem um espectro muito amplo de sintomas. A infecção é, inclusive, bastante confundida com outras doenças, como a dengue.
"Algumas pessoas podem ter uma infecção leve e quase assintomática, que se resolvem sem necessidade de tratamento significativo. No entanto, outras pessoas podem desenvolver formas mais graves da doença. Esses casos graves requerem hospitalização e podem sim levar à morte", alerta.
Em sintomas leves, a orientação é procurar um posto de saúde. Nas mais graves, o indicado é se dirigir às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
O diagnóstico da leptospirose depende da história clínica e epidemiológica do paciente, como a exposição a enchentes, que aumentam o risco de contato humano com água contaminada. O intervalo de tempo entre a transmissão da infecção até o início dos sintomas ocorre, normalmente, entre 7 e 14 dias após o paciente ter se exposto.
"A doença pode afetar pessoas de todas as idades, desde jovens até idosos. Mas pessoas com condições pré-existentes, como diabetes; pacientes em hemodiálise; imunossuprimidos ou com câncer, correm maior risco de desenvolver a fase grave", pontua o especialista.