Outro fator que fez a plantação do nim se espalhar foi por causa do seu extrato resultar em um poderoso inseticida natural. O problema foi que se pensava que só em plantar a árvore se obteria essa ação repelente, o que não é o caso. O morcego foi um dos animais importantes ao disseminar a planta, pois ele tenta consumir o fruto da árvore, complementa Lamartine.
Além das críticas do campo da biologia, arquitetos e urbanistas também possuem ressalvas com a planta. Para a arquiteta e urbanista Fernanda Rocha, são muitos os malefícios do nim no ambiente urbano.
"Começando por sua dimensão: trata-se de árvore de grande porte, e portanto, inadequada à largura de nossas pequenas calçadas, o que implica em canteiros pequenos para comportar o desenvolvimento de seu tronco, e as raízes acabem por causar danos ao pavimento", explica Fernanda Rocha.
Problemas com a fiação também marcam a história da árvore pela Cidade. "A incompatibilidade com a fiação aérea, implicando em elevados custos de manutenção e grande geração de resíduos, por conta da constante poda exigida", complementa a urbanista.
Em nota, a Seuma informou que, entre janeiro e julho de deste ano, plantou cerca de 60 mil mudas. A iniciativa faz parte do Plano de Arborização de Fortaleza e incluiu espécies nativas como pau-brasil, flamboyant, catingueira, pajeú, jucá, aroeira-pimenteira, tamboril, mulungu, paineira com espinhos, mutamba, jenipapo e ipês.