O Monitor de Secas será ampliado para além do monitoramento da estiagem no Ceará e nos demais 25 estados e no Distrito Federal. A iniciativa está sendo ampliada para atuar nos diagnósticos da seca nos países da América do Sul que fazem fronteira com o Brasil por meio da Bacia Amazônica, como Peru, Bolívia, Colômbia e Venezuela.
A informação foi da diretora-presidente da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Veronica Sanchez, durante evento para lembrar os dez anos do Monitor de Secas, nessa quarta-feira, 21, no hotel Oásis Atlântico, no bairro Meireles, em Fortaleza.
De acordo com Verônica Sanchez, o objetivo é poder diagnosticar o cenário de seca nos países onde nascem os principais rios que compõem a Bacia Amazônica e que percorrem os estados brasileiro até desaguar no oceano Atlântico.
“Lá tem os principais rios da Bacia Amazônica. Lá são onde nascem os rios e que vêm percorrer o nosso território Brasil. É muito importante que a gente tenha essas informações sobre a seca lá para saber o que vai nos afetar aqui”, disse a diretora-presidente da ANA.
Atualmente, há uma tratativa com organizações públicas e privadas que coordenam essas ações e uma perspectiva de ampliação nos próximos anos pela agência. O Monitor de Secas atingiu, neste ano, o monitoramento de todos os estados brasileiros, com a integração do Amapá no mapa de monitoramento em janeiro.
Com atuação desde julho de 2014, a iniciativa coordenada pela ANA com colaboração de órgãos estaduais, federais e internacionais forma uma rede que realiza o acompanhamento regular da seca no Brasil.
A ferramenta de monitoramento mostra o cenário da estiagem nos estados informando o grau de severidade da seca a partir dos indicadores do diagnósticos, que pode ser: fraca, moderada, grave ou extrema.
No Ceará, o presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio Martins, avalia que o monitoramento ajuda a encaminhar e criar políticas públicas de segurança hídrica para as regiões. “Automaticamente, aqueles municípios que estão em severidade moderada ou superior são incluídos no programa carro-pipa”, exemplifica.
A expectativa é melhorar a ferramenta por meio da ampliação dos indicadores a partir do balanço de dez anos de atuação. Atualmente, o monitor possui quatro indicadores. O presidente da Funceme garante que outras melhorias estão em debate. Entre eles, produtos de sensoriamento remoto para enriquecer o detalhamento da seca.
Com melhorias na ferramenta, a diretora-presidente da ANA afirma que novas informações no monitor de secas podem subsidiar tomadas de decisões para lidar com a estiagem naquele momento e olhando para o futuro da segurança hídrica nos próximos anos.
Os exemplos estão entre que ações podem ser implantadas, como aumento de açudes, adutoras e demais ações de administração da água nas regiões.
A obra de construção do ramal do Salgado teve o projeto executivo concluído para início das atividades. O secretário nacional de Segurança Hídrica (SNSH), Giuseppe Serra Seca Vieira, informou que a primeira etapa da obra foi concluída a partir da apresentação do projeto executivo.“Aprovamos parte do projeto e a empresa está mobilizada. Já fez o canteiro com o projeto e parte da limpeza da obra para abertura dos canais”, disse o secretário.
A construção do ramal teve ordem de serviço assinada em dezembro do ano passado pelo governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Na época, também foi assinada a ordem para a retomada das obras do lote 3 do Cinturão das Águas do Ceará (CAC).
As ações estão incluída no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sendo o Ramal do Salgado parte do projeto original da estrutura do Eixo Norte da Transposição do São Francisco. As obras devem durar três anos, com investimento previsto de R$ 30,5 bilhões.