A Caravana UFC 70 anos acompanhou a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica entre a Universidade Federal do Ceará e a Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri, durante a passagem por Nova Olinda, 16ª cidade do percurso pelo Sertão Cearense.
A parceria entre a UFC e a Fundação acontece desde a década de 1990 e agora está mais fortalecida. Durante o evento, o reitor da UFC, Custódio Almeida, dialogou com os jornalistas da Caravana sobre alguns pontos do acordo e a importância da UFC para o Ceará.
O POVO: Qual é a importância do convênio assinado com a Fundação Casa Grande?
Custódio Almeida: Nesse momento temos vários projetos de Extensão com a Fundação Casa Grande. A candidatura da Chapada como Patrimônio Natural da Humanidade nos interessa porque já anunciamos a abertura do nosso curso de Arqueologia que vai ter a região do Cariri como um dos campos fortes de trabalho.
O POVO: O que mais o convênio prevê?
Custódio Almeida: Os museus orgânicos serão identificados e certificados como museus para visitação e para rotas turísticas. Eles vão poder contar com certificações da UFC para seus cursos.
O POVO: Como será o projeto de reconhecimento dos Mestres da Cultura?
Custódio Almeida: Vamos criar um título de Notório-Saber popular, para que eles possam dar aulas na graduação e na pós-graduação.
O POVO: As universidades são hoje um espaço mais acessível e democrático?
Custódio Almeida: A universidade se tornou um lugar onde a gente encontra a diferença e a diversidade. E isso emancipa, somos mais humanos, mais capazes de conviver com os outros. Se a função fundamental da universidade é promover a emancipação e a conquista da liberdade, tem que ser democrática.
O POVO: A Caravana UFC 70 anos tem mostrado isso?
Cutódio Almeida: A Caravana traz essa ideia de as pessoas entenderem que a universidade é essa rede de profissionais que estão trabalhando em diferentes áreas. Você vai descobrir que o Porto do Pecém tem o DNA da UFC, que os aeroportos do Ceará têm a marca UFC, assim como os projetos de salinização da água do mar, os hospitais e os postos de saúde, as clínicas de psicologia, as estradas e seus asfaltos, os prédios e sua arquitetura.
O POVO: Falta ainda essa consciência...
Custódio Almeida: No Brasil, a gente precisando estar lembrando disso o tempo todo.