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Unilab vai lançar polo de educação a distância em São Tomé e Príncipe, na África
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Unilab vai lançar polo de educação a distância em São Tomé e Príncipe, na África

| Internacionalização | Projeto está em fase de análises regulatórias e pretende atender, além dos são-tomenses, outros africanos que procuram uma formação superior sem ter que deixar o continente
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CAMPUS da Unilab em Redenção recebe alunos do Brasil e da África           (Foto: Joakim Santos/Especial para O POVO)
Foto: Joakim Santos/Especial para O POVO CAMPUS da Unilab em Redenção recebe alunos do Brasil e da África

A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) está se preparando para lançar um polo de educação a distância na República Democrática de São Tomé e Príncipe, país insular localizado no Golfo da Guiné, na costa equatorial ocidental da África Central.

"Uma das nossas missões é estabelecer uma relação de aproximação total com os países africanos de língua portuguesa", afirma o reitor da Unilab, Roque do Nascimento Albuquerque. "Como política de Estado, a educação passou a ser uma coluna vertebral dessa relação diplomática Brasil e África. Existe um olhar sensível em relação a São Tomé e Príncipe devido ao fato de que a população é muito pequena e não existe nenhuma universidade estabelecida por lá. Os jovens costumam deixar o país e nunca mais retornam", explica.

Fundada em 2010, na cidade de Redenção, com tutoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), a Unilab tem como missão institucional formar recursos humanos para contribuir com a integração entre o Brasil e os países da CPLP.

Segundo o reitor, serão escolhidos inicialmente cinco cursos estratégicos e atrativos de educação a distância, que também dialoguem com as questões intrínsecas do continente africano e suas necessidades para o desenvolvimento. Os cursos serão nas áreas de tecnologia, saúde e gestão.

"Junto com o governo federal pensamos uma estratégia que não somente mantivesse os são-tomenses atuando na transformação do país, mas que também pudesse atrair outros africanos que buscam uma educação de excelência em São Tomé, sem ter que sair do continente", explica Roque.

O processo de constituição deste polo, que, de acordo com Roque, tem tudo para se transformar em um campus avançado da Unilab fora do Brasil, exige algumas regulamentações que estão sendo tratadas na esfera Federal.

Este tratamento envolve diferentes instituições como, por exemplo, a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), ligada ao Ministério da Educação (MEC), o próprio MEC e o Ministério das Relações Exteriores.

"A Diretoria de Educação a Distância (DED) da Capes, responsável pelo Programa Universidade Aberta do Brasil, (UAB) está nos assessorando, com reuniões frequentes sobre a questão regulatória", afirma Roque.

A UAB é um sistema de universidades públicas que oferece cursos de nível superior a pessoas que têm dificuldade em aceder à educação universitária, utilizando a metodologia da educação a distância.

São Tomé e Príncipe é membro, junto com outros oito países, entre eles o Brasil, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), um foro multilateral, criado em 1996, cujo objetivo é a cooperação nas áreas de educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, administração pública, comunicações, justiça, segurança pública, cultura, esportes e comunicação social, além da promoção e difusão da língua portuguesa.

Hoje, a Unilab oferece no Brasil quatro cursos de graduação a distância: bacharelado em Administração Pública, e três licenciaturas em Computação, Ciências Naturais e Letra Língua Portuguesa.

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