Logo O POVO+
Debate sobre cultura de paz e combate ao discurso de ódio é realizado no O POVO
CIDADES

Debate sobre cultura de paz e combate ao discurso de ódio é realizado no O POVO

|Encontro|As convidadas debateram sobre o tema, correlacionando com experiências pessoais
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
DEBATE ocorreu no Espaço de Cultura e Arte (Foto: João Filho Tavares)
Foto: João Filho Tavares DEBATE ocorreu no Espaço de Cultura e Arte

Um debate sobre cultura de paz e combate ao discurso de ódio foi realizada, ontem, 25, pelo Comitê de ESG (Environmental, Social and Governance) O POVO/Fundação Demócrito Rocha (FDR) no Espaço de Cultura e Arte. O evento foi mediado pela gerente editorial da FDR, Lia Leite.

Participaram da palestra Cida Medeiros, mediadora de conflitos e articuladora em ações de prevenção da violência; Mazé Carvalho de Castro, diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco Figueiredo de Paula Pessoa; e Jaqueline Queiroz, embaixadora e mentora de Mulheres Plus Size.

A mediadora de conflitos, Cida Medeiros, destaca que é urgente que pensemos como "é que funcionam as leis. Se vir na rua, alguém que está rindo do outro, cancelando outro. Será que isso é realmente engraçado? O outro não é o inimigo".

Já a diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco Figueiredo de Paula Pessoa, Mazé Carvalho de Castro, relata um pouco de sua trajetória e preconceitos sofridos por ser uma mulher trans.

"Nasci na ditadura militar e fiz minha transição aos 18 anos. Foi um período bem conturbado e o que eu percebo é a grandiosidade do tempo que tenho vivido". Ela afirma que a expectativa de vida de mulheres trans no Brasil é até 35 anos de idade. O dado é da Associação Nacional de Travestis e Transexuais.

A embaixadora e mentora de Mulheres Plus Size, Jaqueline Queiroz, relata que o discurso de ódio e preconceito em relação a pessoas gordas é "muito velado". "Vem acompanhado com um discurso 'lindo' de saúde.

"As mulheres e homens gordos estão nesse espaço de serem [taxados de] engraçados ou tratadas como melhores amigas". Ela conta que no ano de 2010 o movimento plus size chegou em São Paulo e a mudança aconteceu: "Eu quero isso pra minha vida", afirma.

O que você achou desse conteúdo?