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Caucaia sedia 1ª Copa Quilombola de Futebol
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Caucaia sedia 1ª Copa Quilombola de Futebol

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FORTALEZA-CE, BRASIL, 28-09-2024: Primeira Copa Estadual Quilombola de Futebol do Ceará. A partida contou com a presença da Secretária da Igualdade Racial do Ceará,  Zelma Madeira, torcedores e lideranças das comunidades quilombolas. (Foto: Fernanda Barros/O Povo) (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS FORTALEZA-CE, BRASIL, 28-09-2024: Primeira Copa Estadual Quilombola de Futebol do Ceará. A partida contou com a presença da Secretária da Igualdade Racial do Ceará, Zelma Madeira, torcedores e lideranças das comunidades quilombolas. (Foto: Fernanda Barros/O Povo)

Jogadores e torcedores se reuniram ontem, 28, para a 1ª edição da Copa Quilombola de Futebol do Ceará, no estádio Raimundo de Oliveira (Raimundão), em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Com o tema "Esporte Aquilombando o Futuro", o torneio terá quatro chaves em quatro municípios cearenses. Participam da competição 17 times masculinos e 2 femininos, de diferentes quilombos.

Um dos jogadores é Antônio Eduardo, de anos 26, que atuou como lateral do quilombo Água Preta. Ele afirmou gostar de "sair do interior para vir conhecer outro local. Fica falado, você é visto".

Ao lado dele, o colega de time e goleiro Joelson Francisco, 31, comentou que, antes da copa, jogava amistosos aos domingos. Por isso, está "muito orgulhoso" de participar de um evento mais estruturado.

"É um conhecimento novo", acrescentou Nilson Ferreira, 25, do Quilombo do Cumbe, adversário do Água Preta na primeira parte do dia. "É minha primeira vez em Caucaia".

A copa é realizada pela Secretaria do Esporte do Ceará (Sesporte) com apoio da Secretaria da Igualdade Racial (Seir) e da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).

Zelma Madeira, secretária da Igualdade Racial do Ceará, explicou que, no dia a dia dos povos e das comunidades tradicionais, já existem organizações para momentos de lazer.

"Quilombolas, indígenas, o movimento sem terra, não vivem só de vulnerabilidade e problemas. Eles têm resistido, reinventado. E o lazer, o esporte, é algo presente na vida deles", pontuou.

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