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Católicos se reúnem para celebrar Santa Teresinha do Menino Jesus
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Católicos se reúnem para celebrar Santa Teresinha do Menino Jesus

A santa francesa tem sua data comemorada em 1º de outubro desde 1969, quando o papa Paulo VI mudou a data da festa do dia 3 para o dia 1º
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A SOLENIDADE marca um dos poucos dias em que as carmelitas saem da clausura (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA A SOLENIDADE marca um dos poucos dias em que as carmelitas saem da clausura

Entre orações, agradecimentos e os pedidos por graças e pela “chuva de rosas”, fieis se reuniram no mosteiro das Carmelitas Descalças, no bairro Dias Macedo, em Fortaleza, para celebrar Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, baluarte da ordem religiosa e santa querida dos fiéis por seu testemunho de amor e entrega a Deus. 

A solenidade marca um dos poucos dias em que as carmelitas saem da clausura. Este ano, as irmãs já saíram para visita do relicário de Santa Teresinha, em abril, nessa, para a festa de Santa Teresinha, e sairão ainda no domingo para exercer sua cidadania nas eleições municipais. Veja fotos da solenidade: 

 

A missa, presidida por dom Gregório Paixão, arcebispo de Fortaleza, começou por volta das 8h30min e apresentou lotação dentro da capela e fora dela, por isso foi colocado um telão para que os que ficaram na parte externa pudesse acompanhar o que acontecia dentro da igreja. A celebração foi marcada ainda por um momento de homenagem a dom Adélio Tomasin, que faleceu na segunda-feira passada, 30, em Quixadá.

Em sua homilia, dom Gregório conta que a santa sempre buscou realizar aquilo que ela via que era melhor e se afastava daquilo que não servia para a sua vida. Mesmo na pequenez fez escolhas e sempre seguiu por aquilo que ela sentia. “Era uma criança realizada, que trazia um selo de paz e de alegria e transmitia tudo aquilo para quem estava ao seu redor. Em toda a sua existência, percebemos essa busca dessa plena realização, ela entrou nesse mundo para se realizar”, disse.

“Teresinha escolheu se realizar, outros escolheram se martirizar, mas o pior são aqueles que tentam martirizar a vida dos outros, já que existem pessoas que tendo a possibilidade de fazer o bem escolhe fazer a vida do outro um inferno e ela conheceu isso em sua história”, complementou.

Ainda numa palavra de motivação sobre se manter esperançoso e não se deixar abalar por pessoas negativas, dom Gregório soltou um conselho: “Você não pode impedir que os urubus voem sobre a sua cabeça, mas pode impedir que façam um ninho”.

Em devoção, os fiéis  agradecem as bênçãos e graças alcançadas por meio das orações feitas para a santa. Como é o caso do senhor Frederico Jorge, de 63 anos, que foi acompanhado de sua esposa para a celebração eucarística que todos os anos participa. Ele conta que é grato à santa francesa pela vinda de seu filho ao mundo.

“Sou casado com minha esposa há 35 anos, e nos primeiros 15 anos a gente pedia muito por um filho, inclusive, as irmãs enclausuradas rezavam por nós. E depois de 15 anos de oração, aos 45 anos minha esposa deu à luz ao meu filho, ele é uma benção, um milagre na vida da gente”, disse.

Para outros, o carinho pela santa nasce quando menos se espera, como foi com Carla Alencar, de 54 anos, que também tem um laço forte com a santa. Ela disse que criou devoção em um momento de dificuldade em sua vida espiritual. “Essa é a primeira vez que eu participo da missa aqui no Carmelo, mas eu já tenho essa devoção a ela há muito tempo. Vim por ter uma maior consciência da importância que é esse dia. E num momento de dificuldade ela veio em socorro de minha pequenez para que eu conhecesse o amor de Deus por mim”.

E outros que a devoção vem desde sempre, como é o caso de dona Teresinha Brito, de 74 anos, cuja devoção vem de geração em geração. “Meu nome é Teresinha pela devoção que a minha mãe tinha. Vim para cá hoje só para a missa e estou esperando receber a minha flor que é a confirmação da minha graça. Trouxe para doar, mas estou na expectativa de receber a minha rosa”, disse.

Teresa de Lisieux nasceu na cidade francesa de Alençon em 2 de janeiro de 1877. Conhecida como a santa padroeira das missões, a santa carmelita vem de família católica e engajada nas ações da igreja. Se tornou carmelita aos 12 anos de idade após suas irmãs Maria, Paulina, Leônia e Celina ingressarem na ordem antes dela. Ao receber o hábito em 1889, ficou conhecida como irmã Teresa do menino Jesus e da Sagrada Face. Faleceu aos 24 anos de tuberculose e foi enterrada no Carmelo de Lisieux, na França.

Em abril deste ano, as relíquias da santa visitaram a cidade em preparação para o centenário de sua canonização – processo na igreja católica de santificação de uma pessoa – comemorado em 17 de maio de 2025.

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