Os terrenos que irão abrigar os seis novos campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) já foram garantidos. A ordem de serviço para os estudos e planejamentos necessários para o início das obras foi assinada nessa sexta-feira, 18. Em Fortaleza, um dos campi será instalado na antiga sede da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), no bairro São Gerardo. O local terá a estrutura adaptada para receber os alunos. O ministro da Educação,
O segundo campus será construído em outro terreno doado pelo Governo do Estado na avenida Washington Soares, no bairro Messejana. O espaço fazia parte da sede da cavalaria da Polícia Militar do Ceará (PMCE). Outro campus localizado na Região Metropolitana de Fortaleza será construído em Cascavel. O terreno fica a dois quilômetros (km) da sede da cidade.
Já em Mauriti, na região do Cariri, o terreno doado pela prefeitura do município fica no distrito de Coité. O local fica a 5 km da sede, conforme o prefeito João Paulo (PT).
Em Campos Sales, também no sul do Estado, o campus será construído no centro da cidade. “Procuramos a área mais próxima possível do centro, pela questão do deslocamento. Já é bem organizada, com energia, infraestrutura e internet de banda larga”, explicou o prefeito João Luiz (PT).
Lavras da Mangabeira também optou por adquirir uma propriedade rural de 7,5 hectares dentro da sede, a 800 metros do centro, para a construção do instituto, segundo o vice-prefeito, Dr. Tavinho.
Serão destinados R$ 150 milhões para a expansão do IFCE na Capital e nas quatro cidades que ainda não tinham sedes do instituto. Conforme o reitor Wally Menezes, os terrenos escolhidos ficam em “pontos estratégicos” que permitem o crescimento ao longo das décadas.
“Vamos lançar o projeto de licitação para construir essas novas unidades com tudo aquilo que os nossos estudantes precisam: espaço de vivência, para praticar esporte, restaurantes bibliotecas, e outros”, afirmou o reitor no evento de assinatura da ordem de serviço, que começa com elaboração dos projetos de estudos preliminares para execução das obras.
Os cursos ofertados ainda serão escolhidos conforme estudo, “para que não haja sobreposição” e atenda às necessidades do País e as demandas das regiões, segundo Wally. São previstos cursos técnicos integrados ao ensino médio, de graduação e pós-graduação.
O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), afirmou que o campus de Fortaleza do bairro São Gerardo e o de Cascavel devem começar a funcionar ainda em 2025. Também está previsto um concurso público para contratar mais professores para os Institutos Federais no ano que vem.
O governador Elmano de Freitas ressaltou que esses novos campi representam o aumento de oportunidades para os jovens do Ceará. "Tudo isso (os seis campi) amplia o acesso ao ensino de qualidade em todo território cearense”, disse.
As novas unidades do IFCE fazem parte do plano de expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, que prevê a criação de 100 novos campi de institutos federais em todo o País. O objetivo é aumentar a oferta de vagas na educação profissional e tecnológica (EPT).
Além do valor para construir os seis novos campi do IFCE, o Ministério da Educação (MEC) deve repassar ainda R$ 47 milhões para a construção de estruturas em 23 sedes já existentes de Institutos Federais no Ceará.
O ministro Camilo Santana (PT) afirmou que os recursos são destinados à consolidação dos IFCEs. Serão 21 restaurantes estudantis, três bibliotecas e três laboratórios. Dois campi receberão também novas salas de aula. O valor é oriundo do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Do montante, R$ 21 milhões já foram repassados entre 2023 e outubro de 2024, conforme o MEC. Já foram investidos R$ 11 milhões para construção de blocos didático-pedagógicos em em Tianguá e Jaguaribe; do restaurante estudantil de Jaguaribe; e de laboratórios em Tauá. As obras estão em andamento. O recurso também foi utilizado na aquisição de usinas fotovoltaicas em diferentes campi.
Em 2024, o repasse já alcançou a marca de R$ 10 milhões, para a construção de 11 novos restaurantes estudantis. “Foi definido pelo reitor aquele que falta a biblioteca, aquele que falta um restaurante para os estudantes. Esse planejamento foi feito por cada unidade”, afirmou Camilo.
A estudante do segundo ano do IFCE de Caucaia, Isabelle Ribeiro, 17, diz achar necessária a reforma nos campi e cita a falta de lugares para lazer, aparelhos de ar condicionado quebrados e terreno inativo no local onde estuda.
“Quatro anos atrás a gente passou por uma pandemia e os institutos depois que voltaram não tiveram nenhuma reforma. Tem muitos campi hoje que estão se acabando. Eu acho que é necessário uma visão maior para os institutos que já existem”, explica.
Início do funcionamento do Hospital da Uece deve ser em janeiro de 2025, diz Elmano
O Hospital Universitário do Ceará (Huce), da Universidade Estadual do Ceará (Uece), no bairro Itaperi, deverá realizar os primeiros atendimentos a partir de janeiro do próximo ano. A informação foi divulgada pelo governador Elmano de Freitas (PT), durante assinatura de autorização de projetos para seis novos campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), em Fortaleza, nessa sexta-feira, 18.
O projeto de construção do hospital teve início em janeiro de 2021, com um investimento de R$ 320 milhões. “Estamos fazendo agora o processo de definição dos profissionais para começar a contratação. A nossa previsão é que ele inicie o atendimento à população em janeiro de 2025”, disse o gestor estadual.
Ainda segundo Elmano, para a entrega do complexo hospitalar ainda está sendo finalizada a construção da área urbana, como a ampliação e duplicação da avenida que dá acesso à unidade. Atualmente, também estão sendo instalados os equipamentos da unidade e aguardando outros que ainda devem chegar ao local.
A construção do equipamento teve início em janeiro de 2021, com um investimento de R$ 320 milhões.
Com informações da repórter Alexia Vieira
Grupo de trabalho é formado pelo MEC para discutir proibição de celulares nas escola do Brasil
Um grupo de trabalho foi instituído pelo Ministério da Educação (MEC) para discutir o Projeto de Lei (PL) que pretende proibir o uso do celular nas salas de aulas do Brasil. O ministro Camilo Santana afirmou ao O POVO que a pasta está ouvindo diferentes entidades e atores para aprimorar o projeto de lei que será entregue ao Congresso Nacional.
“[O grupo] está ouvindo as entidades, a Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação), o Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), especialistas, professores, alunos, para poder construir algo coletivamente”, afirmou o ministro.
A declaração foi dada após o evento de assinatura da ordem de serviço de seis novos campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), nessa sexta-feira, 18, em Fortaleza.
Camilo não confirmou um prazo para enviar a matéria ao Congresso Nacional. “Saiu uma pesquisa agora mostrando que a maioria tem esse desejo, mas a gente quer fazer uma coisa muito dialogada para apresentar ao Congresso”, explica.
A pesquisa mencionada pelo ministro foi realizada pelo Datafolha e constatou que entre os brasileiros de 16 anos ou mais, 62% são a favor da proibição dos celulares nas escolas. Já os entrevistados que têm filhos de até 12 anos, o índice chega a 65%.
Em setembro, o MEC confirmou que está preparando a proposta para vetar os celulares nas escolas. Segundo o ministro Camilo Santana, o deve valer para todas as séries do ensino básico e há possibilidade de que a utilização do aparelho seja proibida não apenas na classe, como na escola inteira.