Financiamento adequado, integração tecnológica, participação da comunidade escolar e valorização dos professores foram os tópicos defendidos pelo Grupo de Trabalho (GT) de Educação G20. Reuniões do G20 Brasil foram realizadas nos últimos dias no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza.
As discussões resultarão em um texto que será anexado à declaração de líderes, documento final do G20, a ser definido na Cúpula de Líderes, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
"Precisamos unir os países do G20 em torno da necessidade de defender o financiamento para a educação, que ainda está longe de ser o adequado para a maioria dos países do G20 e do mundo", defendeu Camilo Santana, ministro da Educação (MEC), durante o encerramento das atividades do GT.
Na ocasião, o ministro destacou a necessidade de reconhecer a contribuição dos profissionais da docência. Segundo o titular do MEC, a escassez de professores é um problema mundial, especialmente em áreas específicas como física, matemática, química e biologia, limitando o acesso universal à educação de qualidade.
"O desafio da valorização profissional envolve questões de orçamento e não depende apenas das autoridades de educação. Sabemos que nos espaços de deliberação sobre finanças globais, a educação ainda não alcançou a centralidade que merece e para isso temos trabalhado", indicou.
O documento a ser entregue para os líderes aponta que "o Grupo (de Educação) também observa que a alfabetização digital e midiática se tornaram temas essenciais para os sistemas educacionais, ao lado do pensamento crítico, aprendizado socioemocional, cidadania digital e outros temas importantes".
Representantes também defendem ações de aproximação entre escola e comunidade. Foram apresentados projetos que apontam resultados significativos no desempenho dos alunos após ações nesse sentido. (Ana Rute Ramires)