"Não foi suficiente. Você tirar a vida de uma pessoa e ser condenado a 32 anos e pouco. Ela tinha que ficar presa o resto da vida. Não matou se defendendo, mas por maldade e ambição", revolta-se Francileudo Bezerra, 55, em entrevista concedida ao O POVO.
Francileudo Bezerra faz uma crítica à legislação brasileira, que permite a progressão de pena e relata que, depois de algum tempo, Cristiane Renata poderá passar o dia fora da unidade prisional e voltar para dormir. "Não acho que seja justo", afirma o hoje oficial do Exército.
O militar entrou para a reserva e agora se dedica exclusivamente ao filho, que faz acompanhamento médico, terapia ocupacional. Como o filho é autista não-verbal, Francileudo Bezerra ressalta que tem a missão de deixar o filho o mais preparado suficiente para quando "partir".
Francileudo Bezerra destacou o trabalho do delegado Wilder Brito, da Polícioa Civil do Ceará, e do advogado Walmir Medeiros, que atuaram na época e que perceberam que o subtenente era vítima, não acusado.