Halexa Coelho, 33, bicampeã cearense de ciclismo, foi vítima de um acidente de trânsito em junho de 2023, quando uma moto a atingiu enquanto ela finalizava um treino na CE-010.
"Eu tinha parado para descansar no acostamento. A última lembrança que tenho é que tudo ficou preto. Quando acordei, já estava no chão. Um motoqueiro me atingiu por trás. Tive fratura exposta no antebraço, sofri queimaduras de segundo grau e escoriações pelo corpo. Passei por uma cirurgia e, até hoje, tenho dificuldades com os movimentos do braço", diz Halexa.
Após o acidente, ela não retornou ao esporte. "Quando aconteceu, eu estava no meu melhor desempenho. Eu ainda não recuperei a movimentação completa do braço e sinto dores. Mas o mais difícil é o psicológico. Hoje, quando penso em voltar a pedalar, sinto medo. Aquela sensação de liberdade que eu tinha se perdeu".
Para Halexa, a criação de áreas específicas para os treinos é uma medida necessária para evitar mais tragédias. "A fiscalização é importante, mas é preciso reforçar a conscientização para garantir a segurança de todos. Na bicicleta vai uma vida. A pessoa que está ali é um filho, uma filha, um amigo, um pai ou mãe. Todos queremos voltar para casa no final do dia", conclui.