Os três quiosques localizados na Ponte dos Ingleses, na Praia de Iracema, em Fortaleza, iniciam as operações em dezembro deste ano, conforme a previsão da Agência de Desenvolvimento da Economia do Mar de Fortaleza (Ademfor).
A pasta afirmou que “o processo de licitação para os três quiosques já foi concluído e, atualmente, está na fase de análise das solicitações de alvarás de funcionamento e licenças exigidas pelas leis municipais, bem como adequação das empresas vencedoras ao projeto arquitetônico do local”.
Os três quiosques são avaliados pelos comerciantes locais como “máquinas de investimento”, tanto pela localização quanto pelo projeto arquitetônico. Cada um dos equipamentos dispõe de 27,11 metros quadrados.
“Acho que quem pegar esses quiosques vai ficar rico pro resto da vida. Mas para pequenos negócios é difícil colocar, porque você tem que montar uma estrutura bacana. Acredito que tem que ter dinheiro para edificar esses quiosques aqui”, destaca Adriano Oliveira, 33.
Adriano vende milho no calçadão do píer há cerca de dois meses. Ele menciona que as vendas têm crescido desde a reabertura da Ponte e se mantém esperançoso mesmo com a eventual instalação de quiosques destinados ao comércio alimentício.
“Eu acredito que se você fidelizar o cliente ele vai voltar, não pelo que vende ali, mas pela forma como você atende ele. Pode impactar se for a mesma mercadoria, o que eu acho bem difícil”, compartilha.
O vendedor apostou que um dos espaços pode ser destinado à venda de café e quitutes, o que, na avaliação dele, seria “uma mina de dinheiro”. “Se colocar algumas mesas, servir um café com tapioca de carne do sol, está feito na vida”, acrescentou.
Em agosto deste ano, a Prefeitura de Fortaleza lançou o edital para o processo de licitação dos três quiosques. Os locais são destinados ao comércio alimentício, incluindo sorveteria, café, lanchonete e alimentos variados. O concurso teve como base a maior oferta.
O comerciante Tiago Coelho, 34, explica que, mesmo após a reabertura da Ponte dos Ingleses, alguns trechos da orla continuam sem a iluminação adequada, o que, na avaliação dele, dificulta o acesso dos clientes aos outros pontos do calçadão.
“Muita gente vem me procurar e quando chega não encontra. É seguro, mas tem gente que tem receio devido à baixa iluminação”, compartilha.
Adriano, que comercializa batata frita e macaxeira, frequenta o perímetro desde o ano passado. Ele acredita que uma pizzaria será implantada em um dos três quiosques.
“Isso vai ser bom, melhora o comércio, a variedade e a diversificação na área da gastronomia”, pontua.
Nesta segunda-feira, 11, o casal Lene Coelho, 31, e Denise Costa, 41, frequentou a Ponte dos Ingleses pela primeira vez. Ambas mencionam que um dos quiosques deveria ser destinado à venda de artesanato, uma vez que o píer tem sido muito visitado, tornando-se o “cartão-postal” de Fortaleza.
“Poderia ser um local de venda de artesanato, ia dar dinheiro. Quando a gente chegou, tinha um pessoal do Rio de Janeiro que estava em excursão, se tivesse artesanato para vender...”, menciona Lene.
Clea Silva, 65, e Elizeu Silva, 71, são naturais de Belém, no Pará, e estão em Fortaleza desde a última sexta-feira, 8. O casal relatou que a Ponte dos Ingleses foi o último ponto da lista no itinerário a ser visitado antes de retornarem à cidade natal.
"Aqui é muito bom, mas não sabia que os quiosques não estavam funcionando, pensei que estivesse assim por ser segunda-feira", destacou Clea.