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Ceará tem aumento de 15% na positividade de casos de Covid-19, diz Sesa
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Ceará tem aumento de 15% na positividade de casos de Covid-19, diz Sesa

Cerca de 190 casos de Covid-19 foram confirmados em municípios do Estado na segunda semana de novembro, sendo 57,9% em Fortaleza
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VACINAÇÃO é a principal estratégia para conter a Covid-19 (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS VACINAÇÃO é a principal estratégia para conter a Covid-19

O Ceará registrou aumento de 15% na positividade de casos de Covid-19 na semana epidemiológica (SE) 46 (de 10 a 16 de novembro). No período, foram registrados 190 casos em municípios em todas as regiões de saúde do Estado. Desses, 57,9% estavam concentrados em Fortaleza. É possível observar aumento a partir da última semana de outubro. 

Dentre as pessoas que testaram positivo para o vírus no Estado estão o governador Elmano de Freitas (PT)  e o prefeito eleito de Caucaia Naumi Amorim (PSD). Ambos anunciaram agastamento das atividades até a recuperação. 

Dados são dos sistemas e-SUS Notifica e Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), no Ceará. Ao longo de 2024, mais de 8.300 casos de Covid-19 foram contabilizados no Ceará.

Foi apresentada uma redução no número de casos e taxa de positividade até a semana 18, porém, a partir da SE 40, na transição entre setembro e outrubro, começa um leve aumento. Os dados são do “Cenário epidemiológico dos vírus respiratórios”, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), atualizado no último dia 22. 

Confira número de casos confirmados:

  • Fortaleza - 110
  • Caucaia - 11
  • Fortim - 7
  • Maracanaú - 7
  • Irauçuba - 5

"Nós saltamos de 9% de positividade duas semanas atrás. Depois, chegamos a 15% e, agora, nós já nos aproximamos de algo em torno de 25% e 30% de positividade", afirma Antonio Silva Lima Neto, secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa. 

Segundo ele, na última semana (de 17 a 23 de novembro), "nos aproximamos de quase 400 casos confirmados". "Então, é um cenário, como já foi mencionado, em que há, de fato, uma introdução de novas variantes. É o que caracteriza essa mudança de perfil, de padrão epidemiológico", explica.

Duas novas subvariantes estão em circulação e predominam. Tanta afirma ainda que não são esperados casos graves.  "É muito importante que toda a população siga as medidas de recomendação tradicionais, porque de fato, hoje, o cenário é de aumento de transmissão do SARS-CoV-2, particularmente dessas novas variantes, que são sublinhagens já da outra que circulou um ano atrás aqui no Ceará", alerta o secretário. 

Sexo feminino é maioria de casos, com 60,2%

Entre a distribuição dos casos confirmados, foi observado que a maioria dos pacientes tinha idade acima de 20 anos. A maior concentração foi em indivíduos entre 50 e 69 anos, o que representa 22,4% do total de casos.

Outro destaque do relatório da Sesa é que o sexo feminino predomina a maioria dos casos, com cerca de 60,2%, o que pode estar relacionado com a maior procura por atendimento de saúde por mulheres.

Dentre os casos confirmados de Covid-19, 492 (5,9%) foram hospitalizados. Destes, 293 (59,6%) reportaram fatores de risco/comorbidade, sendo doença cardiovascular crônica (47,8%); diabetes mellitus (36,2%); doença neurológica crônica (15,4%); entre outras comorbidades.

Mais de 9.200 casos de SRAG foram confirmados no Ceará

Até a semana 46, a Sesa identificou cerca de 9.253 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Ceará. Em 55,7% dos casos não foi especificado o agente etiológico, provavelmente pela não realização do exame RT-PCR.

O RT-PCR (Reação de Transcriptase combinada com a Reação em Cadeia da Polimerase, traduzido do inglês) é um diagnóstico laboratorial, feito por biologia molecular, que permite identificar a presença do material genético (RNA) do vírus Sars-Cov-2 em amostras de secreção respiratória.

Veja a lista de SRAG confirmada por outras doenças:

  • Covid-19: 489 casos
  • Influenza: 876 casos
  • Outros Vírus Respiratórios (OVR): 1.750 casos
  • Outros Agentes Etiológicos (OAE): 57 casos

Cerca de 924 casos estão em investigação. Crianças e pessoas com mais de 70 anos são os grupos etários com maior registro de casos de SRAG. É necessária uma atenção especial em casos de crianças menores de um ano, pois estas apresentam maior risco de gravidade da doença.

Colaborou Ana Rute Ramires

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