Logo O POVO+
Operação prende 19 integrantes do CV e bloqueia 67 contas com R$ 250 mil em cada uma
CIDADES

Operação prende 19 integrantes do CV e bloqueia 67 contas com R$ 250 mil em cada uma

| Segurança |Criminosos do Comando Vermelho são investigados e 67 contas bancárias foram bloqueadas. Cada investigado poderá ter R$ 250 mil bloqueados chegando ao montante de R$ 16 milhões
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
DELEGADOS da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) coordenaram a ação no Ceará (Foto: Divulgação/PCCE                             )
Foto: Divulgação/PCCE DELEGADOS da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) coordenaram a ação no Ceará

A operação "Demote", deflagrada no Ceará pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), nessa sexta-feira, 29, desarticulou um núcleo da facção Comando Vermelho (CV) no bairro Serrinha, em Fortaleza. Houve bloqueio de 67 contas bancárias, cada uma com valores de R$ 250 mil, somando o bloqueio de R$ 16 milhões, segundo projeções da Draco. 

Foram cumpridos 19 mandados de prisão preventiva, sendo 16 pessoas capturadas na Capital e Região Metropolitana e três tiveram mandados cumpridos em unidades prisionais. Entre as pessoas capturadas nessa sexta-feira, quatro são mulheres e 12 são homens, com idades entre 20 e 41 anos. Eles são investigados por Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Coordenada pela Draco, a operação contou com o apoio  do Departamento de Polícia Judiciária Especializada (DPJE). Foram deferidos 67 mandados de busca e apreensão em desfavor dos alvos.

Neste ano, a Draco efetuou 320 prisões de integrantes de organizações criminosas, sendo uma porcentagem 30% maior que no ano passado, quando foram 242 prisões do tipo. 

A operação teve início após a prisão de Francisco Anderson Rabelo da Silva, conhecido como "Nem Gato", em Beberibe, no dia 6 de janeiro de 2023. Com ele foram apreendidos uma pistola 9 milímetros, carregadores, munições e coletes balísticos.

De acordo com a Polícia, ele dava ordens à organização criminosa escondido em uma casa de praia em Uruaú. O núcleo liderado pelo homem atuava nos bairros Dias Macedo, Itaperi e Serrinha, em Fortaleza. 

Por meio de Anderson, a Polícia Civil identificou pessoas que davam auxílio e logística para a distribuição de armas de fogo e o cometimento de crimes violentos. A maior parte dessas articulações, que incluía a distribuição de armas, era realizada por meio de aplicativos de trocas de mensagens como o WhatsApp. 

Conversas no WhatsApp e em outros aplicativos mostravam o núcleo da facção carioca da área da Serrinha atuando de forma ilícita. "Nem Gato" é apontado como líder dessa área e possuía três mandados de prisão em aberto, sendo dois deles da Vara de Delitos de Organizações Criminosas. As ações fazem parte de um movimento nacional referente à Semana de Combate ao Crime Organizado, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.   

O delegado Alisson Rodrigues Gomes, titular da Draco, aponta que a delegacia efetuou três ações de combate ao crime nesta semana. A autoridade policial destaca que as prisões da Especializada são expressivas. 

Durante a ofensiva, policiais da Draco apreenderam oito quilos de maconha, em Fortaleza, além de 59 maços de cigarro contrabandeados e uma arma de fogo na Serrinha. O material estava em posse de um homem de 38 anos, que foi preso em flagrante. 

A 14ª fase da operação Demote foi deflagrada no contexto da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), iniciativa coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Nessa sexta-feira, além do Ceará, vários  estados desencadearam operações cujos alvos eram organizações criminosas. (Colaborou Gabriele Félix/Especial para O POVO) 

Operação realizada no bairro Cidade Jardim I, no Conjunto Prefeito José Walter, em Fortaleza
Operação realizada no bairro Cidade Jardim I, no Conjunto Prefeito José Walter, em Fortaleza

Desarticulado esquema de produção e distribuição de documentos falsos mantido pela GDE

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Ceará (Ficco/CE) desarticulou um esquema de produção de documentos falsos para integrantes da facção Guardiões do Estado (GDE). Houve o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva, nessa sexta-feira, 29, contra indivíduos envolvidos.

Um dos investigados, que seria responsável pela falsificação dos documentos, foi preso no conjunto Cidade Jardim I, no bairro José Walter, em Fortaleza. Conforme as forças de segurança, os documentos falsos eram utilizados por integrantes da facção.  

De acordo com o delegado da Polícia Civil, Paulo Renato Moreira, a investigação mostrou que um homem era responsável por produzir os documentos falsos e o outro distribuía entre os faccionados. Eram usados dados de outras pessoas junto às fotografias, seguindo o perfil de quem procurava o documento. 

O outro mandado de prisão foi cumprido contra um indivíduo já recolhido no sistema penitenciário. Ele foi detido em 5 de novembro, com mandado em aberto por já ter sido condenado por crimes de roubo. E foi autuado também por uso de documento falso. 

O homem é investigado também por ser um dos responsáveis pela tentativa de chacina no Morro do Santiago, na Barra do Ceará, neste ano. O crime deixou dois mortos e pelo menos 15 pessoas feridas.

Dezenas de crianças e adolescentes estavam no local no momento que integrantes de uma facção criminosa invadiram a comunidade e realizaram disparos de arma de fogo. Os responsáveis pelo ataque seriam do Parque Leblon, em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza.

Além das prisões, a ação atuou com a apreensão de aparelhos celulares, que subsidiarão as investigações. Há ainda uma terceira pessoa foragida. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela Ficco.

Atualizada às 21h52

O que você achou desse conteúdo?