Logo O POVO+
Parque do Cocó é atingido por dois incêndios em menos de 24 horas
CIDADES

Parque do Cocó é atingido por dois incêndios em menos de 24 horas

Grande quantidade de fumaça atrapalhou o trânsito na avenida Raul Barbosa, no bairro Lagamar. Fogo teve início e controle na noite da última sexta-feira, mas chamas voltaram no sábado
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Parque foi atingido por incêndio de grandes proporções em janeiro deste ano (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Parque foi atingido por incêndio de grandes proporções em janeiro deste ano

O Parque Estadual do Cocó, em Fortaleza, passou por dois incêndios entre a noite da última sexta-feira, 29, e a manhã deste sábado, 30. As chamas em parte da vegetação seca da Unidade de Conservação aconteceram próximo à avenida Raul Barbosa e prejudicaram o trânsito no entorno.

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), há indícios de que o incêndio deste sábado foi "uma reignição das chamas" de sexta. O órgão ainda aponta que o fogo registrado seria um incêndio de turfa, ocasionado pelo calor acumulado debaixo da terra e que libera grande quantidade de fumaça.

O incêndio prejudicou também o trânsito na avenida Raul Barbosa e BR-116 que tiveram baixa visibilidade devido à fumaça. Agentes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) controlaram o fluxo nas vias até às 18 horas, quando foram liberadas para o tráfego.

Replantio de vegetação de mangue precisou ser suspenso no parque

O replantio de vegetação de mangue atingida pelo incêndio de janeiro, anunciado pela gestão do Parque do Cocó em abril deste ano, precisou ser suspenso. Ao todo, dez hectares de vegetação, incluindo a área de mangue, foram destruídos pelo fogo.

De acordo com Vilma Freire, titular da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema), o replantio foi cancelado devido às inundações que ocorrem no local durante o período de chuvas, o que, de acordo com a secretária, impossibilita a manutenção das plantas.

“A área não é própria para receber esse replantio por causa do alagamento que constantemente vai acontecer porque é uma área de mangue, e que em período chuvoso sempre vai alagar. Não ia dar, não vai dar, pra manter nenhuma espécie viva”, explicou Vilma Freire.

Além do replantio do mangue, medidas como a instalação de aceiros em zonas verdes que fazem contato com a área urbana da cidade, tal qual as presentes nos bairros Cidade 2000 e Luciano Cavalcante estão sendo tomadas.

Equipes da Sema aguardam o fim do combate às chamas para investigar o que gerou as chamas deste fim de semana. A causa e área total afetada pelo fogo devem ser publicizadas até quarta-feira.

O que você achou desse conteúdo?