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Preparação para quadra chuvosa: Fortaleza deve limpar 92 canais até o fim de fevereiro
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Preparação para quadra chuvosa: Fortaleza deve limpar 92 canais até o fim de fevereiro

Até agora, 800 bueiros e bocas de lobo foram desobstruídos e 49 canais receberam ações de limpeza
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Sujeira de canais aumenta riscos de alagamentos (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Sujeira de canais aumenta riscos de alagamentos

Pelo menos 27 canais foram limpos e 29 estão recebendo intervenções de limpeza neste mês de janeiro em Fortaleza. De acordo com o coordenador da Defesa Civil da Capital, tenente-coronel Haroldo Gondim, até o fim de fevereiro 92 espelhos d'água prioritários deverão passar por limpeza.

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Os números foram divulgados durante a reunião estratégica do Comitê Integrado para a Quadra Chuvosa, realizada na manhã desta segunda-feira, 27. As ações planejadas pelos órgãos objetivam diminuir o impacto das chuvas em Fortaleza, principalmente nas áreas mais vulneráveis. O planejamento foca na limpeza de vias e corpos d'água.

Além dos canais, 800 bueiros e bocas de lobo foram desobstruídos para facilitar a passagem da água da chuva. Mais de seis mil toneladas de resíduos foram retiradas durante as atividades.

“Isso tudo é um trabalho preventivo. É importante que se diga que nós não vamos resolver da noite pro dia esses problemas. Estamos acompanhando diariamente todas essas áreas de risco em Fortaleza”, disse o prefeito Evandro Leitão em coletiva.

O monitoramento das áreas de risco da cidade é feito por meio de 7 mil câmeras em tempo real. O coordenador da Defesa Civil explica que estudos são feitos utilizando também dados de outros órgãos, como da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), para mapear locais que alagam com frequência.

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Reavaliação de áreas de risco

Fortaleza tem 89 áreas de risco catalogadas pela Defesa Civil. No entanto, o coordenador explica que as informações estão defasadas e os locais passam por reavaliação. “Nós podemos ter mais ou menos. Nós iremos reavaliar, se são 80 ou se muitas já foram resolvidas”, afirma Haroldo.

Muitos dos canais incluídos na lista prioritária de limpeza estão em áreas de risco, conforme o coordenador. Para o planejamento da força-tarefa de preparação para a quadra chuvosa, conversas com as comunidades e o histórico das regiões estão sendo levados em conta.

Em agosto, equipes do Serviço Geológico do Brasil visitarão a Capital para elaborar novas avaliações de risco. “Serão equipes do Governo Federal atuando junto com equipes do município para a gente fazer esse levantamento com mais precisão. Mas não dá para esperar até lá”, disse.

Tecnologias devem ajudar a monitorar riscos e alertar população

Um sistema integrado de monitoramento para gestão de risco e desastre está sendo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan). Não há prazo para que a tecnologia seja finalizada. Ela seria utilizada pelos órgãos municipais para colher informações em tempo real de áreas de risco.

Também no segundo semestre o sistema de alerta para emergências Cell Broadcast vai chegar ao Norte e Nordeste e deve ser adotado por Fortaleza. A ferramenta permite distribuir um alerta para todo aparelho ligado a uma antena telefônica e recebendo sinal 4G ou 5G.

Por meio dela, a tela do aparelho fica travada com a mensagem de alerta e um sinal sonoro é emitido. É possível informar sobre locais de evacuação e pontos seguros. A tecnologia já é utilizada em São Paulo para alertar sobre riscos em áreas de alagamento.

Estudos

O monitoramento das áreas de risco da Cidade é feito por meio de 7 mil câmeras em tempo real, segundo a Prefeitura, além de dados de outros órgãos

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