Uma mulher foi presa nesda terça-feira, 18, na cidade de São José, em Santa Catarina, suspeita de liderar o tráfico de drogas na região de Morada Nova, no Ceará. A suspeita é cearense e esposa de um líder de facção que já havia sido preso anteriormente. Após a prisão do marido, ela teria assumido a função de liderança em uma facção criminosa e intermediado ordens dadas por ele diretamente do presídio.
A prisão foi realizada no âmbito da operação Morada Nova, organizada pelo Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI Sul), que cumpriu 16 mandados de prisão em Morada Nova, Quixadá, Fortaleza e Santa Catarina.
Ela é a quarta liderança da facção cearense presa em Santa Catarina. Em 2023, Ivan Cleyton Silva de Almeida, de 22 anos, conhecido como CL, e Bruno Silva Oliveira, de 28 anos, conhecido como Príncipe, também foram presos no estado sulista. Em outubro de 2024, um outro líder do grupo foi preso no estado.
Conforme Pedro Viana, diretor do DPJI Sul, antes da prisão do marido, a mulher teria a função de organizar a parte financeira do grupo. Depois, passou a ordenar as movimentações do grupo criminoso, incluindo homicídios. “A partir das ações de combate forte que a gente tem feito aqui no Ceará, essas lideranças têm procurado se homiziar em outros estados, para de lá ficar passando as ordens e acreditando que não serão alcançadas pela Polícia Civil. Mais uma vez a gente prova que a gente vai buscá-los longe”, afirmou Pedro.
Entre os 16 presos, há outra mulher detida em Fortaleza, no bairro Edson Queiroz, que também seria esposa de um líder da facção cearense e teria continuado o trabalho do marido após a prisão dele. “Elas realizavam as visitas e eles repassavam as ordens e elas ficavam encarregadas de operacionalizar aqui fora”, explica. Há ainda a suspeita de que as ordens eram enviadas por mensagem de celulares dentro do presídio.
Os nomes dos suspeitos presos em ações das forças de segurança do Ceará deixaram de ser divulgados desde o dia 5 de fevereiro de 2024. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou atender à orientação da sua assessoria jurídica para adequar-se à Lei de Abuso de Autoridade (Lei Nº 13.869/2019).