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PF mira membros de facção que deram suporte à fuga de presídio
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PF mira membros de facção que deram suporte à fuga de presídio

|OPERAÇÃO|Um dos mandados foi cumprido em Aquiraz. Ação ainda visou o congelamento de um valor de até R$ 22,5 milhões
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Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte

Uma operação foi deflagrada na manhã dessa terça-feira, 11, contra membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV) em sete cidades de três estados, incluindo o Ceará. A ofensiva, batizada como Red Dots, é um desdobramento das investigações sobre a fuga de dois integrantes do CV do Presídio Federal de Mossoró (RN) em fevereiro de 2024.

No Ceará, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mossoró (Ficco-Mos) cumpriu mandados em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza. Além de Aquiraz, foram cumpridas ordens judiciais em Natal (RN), Mossoró (RN), Baraúna (RN), Assu (RN), Pedro Avelino (RN) e Rio de Janeiro (RJ). Ao todo, mais de 200 policiais cumpriram 14 mandados de prisão preventiva, 13 mandados de prisão temporária e 31 mandados de busca e apreensão. Além disso, foram bloqueadas 32 contas bancárias que visam o congelamento de até R$ 22,5 milhões.

A Polícia Federal (PF) não divulgou os nomes dos alvos nem quais são as suspeitas que recaem sobre eles. A PF divulgou apenas que, no contexto da apuração da fuga em Mossoró, foram encontrados indícios de outros crimes e um inquérito policial foi instaurado "com o propósito específico de mapear os integrantes da facção com atuação no Rio Grande do Norte". "Como resultado, foram reunidas evidências da prática dos crimes de organização criminosa armada, tráfico de drogas e de armas, lavagem de dinheiro, tortura e homicídio", também informou a PF.

Deibson Cabral Nascimento, de 34 anos, e Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, tiveram a fuga da penitenciária percebida na madrugada de 14 de fevereiro de 2024. Eles viriam a ser recapturados 50 dias depois em Marabá (PA) ao lado de mais quatro pessoas.

Durante essa busca, a PF efetuou diversas outras prisões de pessoas suspeitas de ajudar os dois fugitivos. Houve prisões, inclusive, no Ceará —a s investigações da PF chegaram à conclusão de que foi do Estado que Deibson e Rogério partiram de barco até o Pará. Entre os suspeitos presos no Ceará estão o casal João Victor Xavier da Cunha e Raissa Forte de Brito. Conforme a investigação da Ficco, a casa onde os dois moravam, em Aquiraz, foi utilizada como "logística de apoio" para Deibson e Rogério. No local, ainda foram encontrados drogas e uma arma de fogo.

As investigações mostraram que Deibson e Rogério fugiram após furtar ferramentas que eram usadas em uma obra no presídio. Eles saíram de suas celas pelo ponto da luminária e tiveram acesso ao telhado da penitenciária. Depois, os dois detentos conseguiram cortar uma cerca lateral e escaparam por uma zona de mata. Sindicância concluiu que procedimentos de rotina, como vistorias nas celas, não foram realizados, mas que nenhum servidor auxiliou a dupla na fuga.

CE-RN-RJ

Além de Aquiraz (CE), foram cumpridas ordens judiciais em Natal (RN), Mossoró (RN), Baraúna (RN), Assu (RN), Pedro Avelino (RN) e Rio de Janeiro (RJ)

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