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27 municípios registram menos da metade das chuvas esperadas para março; maioria é do Cariri
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27 municípios registram menos da metade das chuvas esperadas para março; maioria é do Cariri

Umari e Baixio, no Cariri, são os municípios com menor quantidade de chuva comparada ao esperado para o período
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IBIAPABA também concentra parte dos municípios com cenário aquém de precipitações   (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES IBIAPABA também concentra parte dos municípios com cenário aquém de precipitações

Com as chuvas distribuídas de forma desigual, o Ceará tem 27 municípios que não registraram nem metade das precipitações esperadas para o mês de março. A maioria deles está localizada nas macrorregiões do Cariri (8) e Ibiapaba (7).

Ao todo, 127 municípios não atingiram a média histórica do mês — única para cada uma das 184 cidades do Estado — até esta quinta-feira, 20. Os dados preliminares são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A média oficial do mês só pode ser calculada ao final dos 31 dias.

Umari, localizado na macrorregião do Cariri, teve média de 43,6 milímetros (mm) de chuvas em março, quando historicamente o município tem média de 179,4 mm. Isso representa 75,7% a menos de chuvas. Baixio, também no Cariri, teve média de 58,2 mm, contra os 237,4 mm da média histórica.

Apesar disso, o município de Várzea Alegre, na mesma região, teve 71,1% a mais de chuvas do que a média esperada. A cidade sofreu danos e pede reconhecimento de situação de emergência à Defesa Civil Nacional.

Lista de municípios com menos da metade das chuvas esperadas para março:

  • Umari (Cariri): -75,7%
  • Baixio (Cariri): -75,5%
  • Mauriti (Cariri): -68,5%
  • Jati (Cariri): -61,8%
  • Senador Pompeu (Sertão Central e Inhamuns): -61,6%
  • Viçosa do Ceará (Ibiapaba): -60,3%
  • Meruoca (Litoral Norte): -59,3%
  • Guaraciaba do Norte (Ibiapaba): -59%
  • Ibiapina (Ibiapaba): -58,5%
  • Ipaumirim (Cariri): -57,4%
  • Antonina do Norte (Sertão Central e Inhamuns): -56,6%
  • Pereiro (Jaguaribana): -56,4%
  • Senador Sá (Litoral Norte): -56,3%
  • Paramoti (Litoral de Pecém): -54,9%
  • Campos Sales (Sertão Central e Inhamuns): -54,8%
  • Massapê (Litoral Norte): -54,7%
  • Brejo Santo (Cariri): -54%
  • Tianguá (Ibiapaba): -53,4%
  • Carnaubal (Ibiapaba): -53,1%
  • Coreaú (Ibiapaba): -53,1%
  • Porteiras (Cariri): -52,8%
  • Piquet Carneiro (Sertão Central e Inhamuns): -52,3%
  • Itapipoca (Litoral de Pecém): -52,2%
  • Forquilha (Ibiapaba): -52,1%
  • Moraújo (Litoral Norte): -51,8%
  • Penaforte (Cariri): -51,3%
  • Miraíma (Litoral Norte): -50,3%

Desde o início da quadra chuvosa, em fevereiro, as precipitações têm se concentrado nas regiões do Litoral e Norte do Estado. O meteorologista Francisco Vasconcelos Júnior explica que o prognóstico da Funceme para o período já previa essa distribuição.

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“Até o momento, quando a gente avalia o que já choveu entre fevereiro e março, nós temos uma um mapa que coloca as precipitações muito acima da média, que é o esperado na Região Metropolitana de Fortaleza, no Litoral do Pecém e também nas regiões do Litoral Norte e Maciço de Baturité. Mas o extremo Sul do Estado e a porção mais central do estado tem condições abaixo da média”, explica.

Também eram esperadas mais chuvas na região de Ibiapaba. Dos 26 municípios inseridos na região, apenas Ararendá está com chuvas acima da média histórica, com desvio positivo de 25,6%. Por outro lado, Viçosa do Ceará teve 60,3% a menos de chuvas do que o esperado.

Francisco explica que a Região Metropolitana de Fortaleza historicamente recebe bastante chuva. Além das características naturais e da influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), a macrorregião é a mais populosa do Estado e é considerada uma ilha de calor. Isso favorece a formação de nuvens e, consequentemente, o local recebe mais chuvas.

Já o Maciço de Baturité, por ser uma região serrana, também recebe mais precipitações. Devido ao relevo, as massas de ar ou ventos têm a passagem impedida e se concentram, formando mais nuvens.

A chegada do mês de abril representa uma diminuição no volume de chuvas em todo o Estado, mas as regiões mais ao Sul devem continuar a ser mais afetadas pelas baixas precipitações.

“A gente tem uma uma expectativa que abril se comporte dessa forma, talvez um pouco mais distribuído, mas quando a gente olha o trimestre de fevereiro, março e abril, ficaria uma parte mais Centro-Norte acima da média e essas regiões mais no extremo Sul do Estado mais abaixo da média”, afirma.

Chuvas abaixo do esperado para março:

> Umari (Cariri): -75,7%

> Baixio (Cariri): -75,5%

> Mauriti (Cariri): -68,5%

> Jati (Cariri): -61,8%

> Senador Pompeu
(Sertão Central e Inhamuns): -61,6%

> Viçosa do Ceará (Ibiapaba): -60,3%

> Meruoca (Litoral Norte): -59,3%

> Guaraciaba do Norte (Ibiapaba): -59%

> Ibiapina (Ibiapaba): -58,5%

> Ipaumirim (Cariri): -57,4%

> Antonina do Norte (Sertão Central e Inhamuns): -56,6%

> Pereiro (Jaguaribana): -56,4%

> Senador Sá (Litoral Norte): -56,3%

> Paramoti (Litoral de Pecém): -54,9%

> Campos Sales (Sertão Central e Inhamuns): -54,8%

> Massapê (Litoral Norte): -54,7%

> Brejo Santo (Cariri): -54%

> Tianguá (Ibiapaba): -53,4%

> Carnaubal (Ibiapaba): -53,1%

> Coreaú (Ibiapaba): -53,1%

> Porteiras (Cariri): -52,8%

> Piquet Carneiro (Sertão Central e Inhamuns): -52,3%

> Itapipoca (Litoral de Pecém): -52,2%

> Forquilha (Ibiapaba): -52,1%

> Moraújo (Litoral Norte): -51,8%

> Penaforte (Cariri): -51,3%

> Miraíma (Litoral Norte): -50,3%

Três barragens rompem em Acopiara. Estrada é interditada para evitar possíveis acidentes na região
Três barragens rompem em Acopiara. Estrada é interditada para evitar possíveis acidentes na região

Três barragens rompem em Acopiara e trecho de estrada é interditado

Três barragens do município de Acopiara, no Centro-Sul do Ceará, se romperam entre terça-feira, 18, e quarta-feira, 19. De acordo com a Defesa Civil municipal, não houve vítimas e os danos foram apenas materiais. 

A CE-371, que liga Acopiara a cidade de Saboeiro, próximo ao Balneário do Luizinho, foi interditada. Há risco de novos rompimentos e a população foi orientada a evitar transitar na área.

Das 7 horas de segunda-feira, 17, até as 7 horas da terça-feira, 18, foram registrados 114 milímetros (mm) de chuva na cidade, segundo dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

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As barragens são localizadas nos distritos de Trussu, São Paulinho e Barra de Ingá. Os três açudes são utilizados para abastecimento humano nessas comunidades. Os setores de irrigação e as plantações de feijão, capim e sorgo foram afetados.

"Não se tinha conhecimento de outros rompimentos dessas barragens em anos anteriores. As fortes precipitações motivaram esses arrombamentos", disse o secretário executivo da Defesa Civil, Gustavo Teixeira.

Por meio de nota, a Prefeitura afirmou que irá reconstruir as barragens e recuperar as estradas afetadas. Além disso, caso haja necessidade, vai disponibilizar carros-pipa para atender os moradores das áreas do rompimento. A informação é de que o prefeito Dr. Vilmar (PSB) vai decretar calamidade pública no Município.

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