Dois homens foram denunciados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE). Eles teriam participado de um ataque a uma empresa de internet em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no dia 17 de março. O local foi incendiado e teve portas de vidro quebradas e demais danos estruturais.
Conforme a denúncia do MP, os investigados, identificados como Gustavo Cavalcante dos Santos e Gabriel Vasconcelos do Nascimento, incendiaram e direcionaram ataques ao funcionamento da provedora de internet identificada com Giga+, “atos que causaram interrupção e dificuldade de restabelecimento da tecnologia de transmissão de dados”.
A denúncia ainda revelou que Gustavo atuou diretamente no incêndio à loja, ao lado de mais quatro pessoas ainda não identificadas. Já a função de Gabriel, foi de atuar como “olheiro”, sendo responsável pelo monitoramento da região e facilitando a execução dos crimes e a fuga dos envolvidos.
Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que cinco homens quebram a porta de vidro da empresa que dá acesso à recepção, espalham líquido inflamável pelo local e, em seguida, ateiam fogo, que rapidamente se espalhou no estabelecimento.
Conforme o MP, os denunciados foram presos pela Polícia Civil em um bar, próximo ao local da ocorrência, no qual Gustavo, único que estava sem balaclava, no qual ajudou na identificação, estava com a roupa idêntica à que aparece na imagem. As capturas aconteceram horas depois do ataque.
Pelo menos seis pessoas são suspeitas de envolvimento nos ataques à empresa em Caucaia. Fora os denunciados, quatro ainda não foram identificados nas investigações da Polícia Civil.
A Alloha Fibra, empresa que controla a Giga+, lamentou o ataque, na época, e disse estar oferecendo apoio "irrestrito" às Forças de Segurança do Estado.
"A empresa esclarece que não houve feridos, está monitorando a situação para assegurar a integridade de seus colaboradores e a continuidade dos serviços, que já foram restabelecidos no local".
Pelo menos 40 pessoas foram presas suspeitas de ataque as provedoras desde o dia 12 por meio da Operação Strike, responsável pelas investigações.
O documento do órgão ministerial afirma que o Relatório da investigação policial revelam que "taxas", "mensalidades, "pedágios", "comunicados do tipo 'salve'", circulados no aplicativos de whastApp, estão relacionados ao modus operandi de extorsão e ameaças da facção, mantendo um padrão desde 2019.
A organização “consegue recursos a partir de serviços essenciais, atividade que lesa empresas e consumidores, no uso principalmente de armas e táticas terroristas na aplicação de violência, física ou psicológica, com o objetivo de incutir medo e pânico para transformar o monopólio do tráfico em um monopólio econômico mais amplo”.