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Barragem sangra pela 12ª vez
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Barragem sangra pela 12ª vez

2ª maior do CE.
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Tipo Notícia

A construção do açude Orós teve início no governo de Epitácio Pessoa (1919-1922), mas foi interrompida e só retomada no mandato de Juscelino Kubitschek (1956-1961). Em 1960, fortes chuvas levaram uma parte da barragem, ainda em obras, a não resistir à força das águas, impactando diretamente cerca de 70 mil pessoas. Várias cidades da região jaguaribana ficaram alagadas.

Segundo resgate documental do O POVO, com dados da Companhia Estadual de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o reservatório sangrou 12 vezes desde que foi inaugurado, trazendo esperanças para a população.

A capacidade de 1,94 bilhão de m³ da barragem só fica atrás do Castanhão, que comporta 6,7 bilhões de m³. Eles formam, junto aos açudes Araras (em Varjota), Banabuiú (em Banabuiú) e Figueiredo (em Alto Santo) os cinco maiores reservatórios cearenses.

Desses, o Orós é o único a sangrar até o momento. De acordo com a Cogerh, sua recarga máxima "se deu basicamente pelas boas chuvas ocorridas nas bacias hidrográficas do Alto Jaguaribe e Salgado".

"Tivemos a sangria de 11 açudes que estão inseridos nas duas bacias hidrográficas (sete açudes do Alto Jaguaribe e quatro açudes do Salgado). A sangria destes açudes acaba por canalizar água de forma direta e indireta ao Açude Orós", explicou o órgão através de nota, afirmando continuar com a rotina diária de monitoramento.

Até as 20 horas deste domingo, o Ceará contava com cerca de 55,53% da capacidade total de seus reservatórios preenchida. No geral, 49 açudes estão sangrando, 17 apresentam volume acima de 90% e 29 operam com menos de 30% da capacidade. O dado é atualizado pelo portal Hidrológico (hidro.ce.gov.br) a cada sete minutos.

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