De acordo com a Prefeitura de Fortaleza, dados do Cadastro Único do Governo Federal registraram, em março de 2025, que 9.734 famílias ou indivíduos viviam em situação de rua em Fortaleza, totalizando 10.071 pessoas. A Regional 12 concentra 36,7% dessa população, seguida pela Regional 2 (17,9%) e pela Regional 4 (15,3%). Juntas, totalizam 69,9%.
Na Capital, entre as ações socioassistenciais oferecidas para a população em situação de rua, estão os serviços de acolhimento temporário. O Acolhimento Institucional para Mulheres e Famílias, localizado no bairro João XXIII, recebe as pessoas por meio de demandas encaminhadas pelos Centros Pop.
A capacidade estrutural da unidade, porém, exige atenção. Conforme relatos enviados ao O POVO, os poucos quartos e beliches que compõem o equipamento não estariam dando conta da superlotação do abrigo.
O espaço, segundo as denúncias, o espaço estaria tomado de mofo e infiltrações, além dos móveis quebrados. Por conta das condições precárias, a rotatividade de pessoas acolhidas no local aumenta.
O POVO esteve no local no dia 24 passado, mas não obteve acesso ao imóvel. "Estão sendo tomadas as providências para reparos ou transferências de sede para adequação dos serviços. A SDHDS reforça que o atendimento nos equipamentos é realizado por demanda espontânea e com vagas rotativas", informou a secretaria, em nota.
Conforme a pasta, o Acolhimento Institucional para Mulheres e Famílias é um espaço de abrigamento provisório e comporta 50 pessoas. Atualmente, 58 pessoas estão abrigadas com camas individuais, de acordo com a SDHDS. Na quarta-feira, 23, segundo a pasta, foi realizada visita técnica de engenheiros no local para que seja iniciada a manutenção da estrutura.
A Prefeitura de Fortaleza anunciou, na quarta-feira, 24, que está desenvolvendo o Programa Integrado para Superação da Situação de Rua. O projeto prevê ações de médio, curto e longo prazo em frentes como: moradia, saúde, educação, assistência social, segurança alimentar, qualificação profissional, cultura e meio ambiente.