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Investigação aponta que advogado teria sido morto por não conseguir soltura de integrante de facção
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Investigação aponta que advogado teria sido morto por não conseguir soltura de integrante de facção

Sílvio Vieira da Silva, 54, foi morto a tiros na segunda-feira, 5, após sair para buscar um pagamento no valor de R$ 4 mil no bairro Genibaú, em Fortaleza. Ele teria sido atraído em uma suposta emboscada
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ADVOGADO foi morto a tiros no Genibaú (Foto: Reprodução/Leitor Via WhatsApp O POVO)
Foto: Reprodução/Leitor Via WhatsApp O POVO ADVOGADO foi morto a tiros no Genibaú

O advogado criminalista Sílvio Vieira da Silva, 54, teria sido morto por não conseguir a soltura de um integrante de uma facção criminosa. O criminalista foi assassinado a tiros dentro do seu carro na segunda-feira, 5, no bairro Genibaú, em Fortaleza.

A motivação é apontada nos autos da investigação e citada em manifestação do Ministério Público do Ceará (MPCE).

Conforme o documento, ao qual O POVO teve acesso, o advogado teria sido atraído ao local, sob o pretexto de receber um pagamento por serviços prestados. 

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No dia do crime, o advogado teria ido ao local buscar um pagamento no valor de R$ 4 mil, em uma suposta emboscada. O inquérito policial aponta que a vítima não tinha o costume de sair para buscar pagamentos de seus clientes fora do escritório ou em locais que não fossem públicos.

No entanto, a investigação revelou que, desde o sábado, 3, o advogado recebeu diversas ligações marcando a entrega de um valor no bairro Genibaú. A pessoas próximas, ele relatou que iria ao local porque o pagador alegava não ter como realizar uma transferência bancária.

De acordo com as investigações, na ação criminosa, os suspeitos teriam abordado o advogado e perguntado: “Você é o Dr. Sílvio?” e, após a vítima confirmar a identidade, os criminosos alvejaram o advogado. Ele ainda teria conduzido o carro até bater em um muro.

Os suspeitos ainda teriam ido concluir a execução do profissional dentro do veículo. Após a morte, os suspeitos fugiram a pé do local.

Dois homens foram presos horas depois na região do Genibaú suspeitos do assassinato. As capturas aconteceram pela Polícia Militar do Ceará. Eles foram identificados como Pedro Guilherme Bandeira Lourenço, vulgo “Lorim”, 20, e Francisco Robert Teixeira de Mesquita, vulgo “Itapagé”, de 24 anos.

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Conforme a Polícia Civil do Ceará (PC-CE), eles possuem passagens por homicídio, porte ilegal de arma de fogo e receptação. Com eles, foram apreendidos quatro revólveres cal. 32 e 38, cerca de 70 munições, rádios comunicadores, drogas e pinos utilizados para armazenar cocaína e dinheiro.

Em depoimentos, os dois homens teriam contado versões contraditórias e falsas, reforçando a participação no crime. Eles tiveram as prisões em flagrantes convertidas em preventivas ainda na segunda-feira, 5.

Após a captura, a dupla foi conduzida para a sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi autuada pelos crimes de homicídio doloso, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e receptação.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) decretou luto de três dias e afirmou que Silvio era conselheiro seccional. O profissional era membro da Associação Nacional de Advogados Criminais (Anacrim) e da Associação Brasileira de Advogados Criminais (Abbracrim).

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