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Um novo estilo de vida
Ciência e Saúde

Um novo estilo de vida

Movimentos sociais
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Tipo Notícia

Entre 2017 e 2018, as irmãs gêmeas Evellyn Gislene e Evellyn Castro, influenciadas por movimentos sociais veganos e vegetarianos procuraram se aprofundar no assunto. Na época elas tinham 14 anos.

Era uma simples tarde no shopping enquanto comiam um hambúrguer, que as irmãs, influenciadas com tema, se olharam e percebem que aquilo não estava mais fazendo sentido, então decidiram ser vegetarianas. No começo, elas foram tirando gradualmente algumas carnes da dieta, logo, já sentiram a diferença positiva em sua vida.

Hoje, com 21 anos e universitárias, as gêmeas seguem se apoiando. Com o tempo, elas aprimoraram mais ainda seus dotes culinários, cozinhado a sua própria comida a base de soja, legumes e muitos outros vegetais. A atenção com a comida, a melhora na digestão e uma saúde mais nutritiva foram consequências desse novo estilo de vida.

“Com a retirada da proteína, é preciso entender quais os nutrientes que o seu corpo precisa e fazer a substituição correta. Estamos em uma sociedade muito acelerada, onde existe toda uma estrutura que te incentiva a ter uma alimentação com o mesmo fluxo e pouco saudável. É importante entender que precisamos nos alimentar de uma forma mais calma e consciente”, reflete Evellyn Castro.


Para a nutricionista especialista em nutrição vegetariana, Sara Ortins, o veganismo é um modo de viver baseado em um posicionamento ético e político em relação as demais espécies e indivíduos do reino animal, logo, vai muito além do aspecto da alimentação, não utilizando nada derivado de animais.


“Já o vegetarianismo diz respeito somente a alimentação, podendo ser classificado em “vegetarianismo estrito” — que exclui qualquer alimento de origem animal — e “ovolactovegetarianismo”, que elimina carnes, mas ainda consome ovos, leite e derivados. Existem também os “ovovegetarianismo” e o “lactovegetarianismo”, explica.


Ela também ressaltar que é preciso evitar produtos industrializados, especialmente produtos que “imitam” carnes de origem animal, que em sua maioria podem ser tão prejudiciais quanto os produtos de origem animal, por serem ultraprocessados, com muitos aditivos e conservantes.


“Quanto mais natural e diversificada for a alimentação vegetal, mais saudável será. É preciso atentar para o volume da refeição, procurar sempre compor as refeições com os diversos grupos alimentares, consumir sementes, diversificar as receitas, além de uma avaliação nutricional para fazer os ajustes necessários em relação às vitaminas e a quantidades de alimentos nas refeições a partir da individualidade de cada”, aconselha.


Evellyn Gislene relembra que no início é preciso um suporte de apoio, e que além de começa a olhar com muita mais clareza para prato que está comendo, existem alternativas que ajudam a manter a dieta em meio a uma rotina preenchida de responsabilidades.


“Algo que nos ajuda é a preparação do nosso próprio alimento, a montagem de um prato mais balanceado e o restaurante universitário. Outra coisa que prestamos atenção são os produtos vegetarianos disponíveis no mercado, porque alguns deles são super industrializados e vendidos como algo saudável”, relata.

A nutricionista Thaís Almeida ressalta que em quer seguir essas dietas precisa ficar atento a alguns nutrientes, como proteínas, ferro, B12 e ômega-3, para evitar deficiências. Ela enxerga que o segredo está na organização e no planejamento.

“Cada pessoa tem necessidades diferentes de acordo com a idade, estilo de vida, atividade física e saúde. O que funciona para um, pode não ser o ideal para outro. Por isso, é importante personalizar a alimentação para garantir que todas as necessidades nutricionais sejam atendidas”, conclui.

 

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