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Alimentação é aliada contra os desconfortos do período
Ciência e Saúde

Alimentação é aliada contra os desconfortos do período

Cuidados
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A nutricionista Raquel Saratt destaca a importância de se observar os sintomas da menopausa desde o início. Na perimenopausa ocorrem normalmente os maiores desconfortos, com uma grande oscilação hormonal, embora a mulher continue menstruando e podendo ainda engravidar.

"Isso pode acontecer no final dos 30 anos, no início dos 40 e pode perdurar por até 10 anos, até que seja definitivamente declarada a menopausa", afirma ela. Esse também é o período mais oportuno para começar uma terapia de reposição hormonal, desde que seja orientada por um médico.

A nutricionista ressalta que, independente da mulher fazer a terapia de reposição hormonal ou não, a alimentação é fundamental nesse processo para a melhoria da qualidade de vida e a redução dos sintomas.

Para atravessar esse período, ela destaca o consumo de proteínas magras, fracionadas ao longo do dia, bem como a ingestão de fibras e de gorduras poliinsaturadas (presentes em óleos vegetais, sementes, castanhas e peixes como salmão, sardinha e atum), além do baixo uso de alimentos ricos em açúcar, sódio e gorduras saturadas. "Isso ocorre muito com alimentos processados e ultraprocessados, que possuem aditivos, corantes, conservantes e estabilizantes", detalha.

No rol de alimentos que podem ajudar as mulheres a atravessar esse período, estão os ricos em fitoestrógenos, contribuindo na redução dos sintomas da menopausa. "Esses alimentos possuem compostos semelhantes ao estrogênio, que é o hormônio feminino. Eles melhoram alguns sintomas, como os calorões, e estão na soja e em seus derivados (grãos, leite, iogurte, tofu). Também pode ser utilizado o inhame na preparação de purês, sopas, cozidos e até sucos, além de outros tubérculos e legumes", reforça.

Raquel aconselha a inclusão da linhaça nos pratos do dia a dia. "Ela pode ser adicionada em grãos ou como farinha, consumida junto a shakes proteicos, iogurtes, fruta e outros grãos integrais de modo geral". Vale lembrar que a boa ingestão de alimentos, além de aliviar os desconfortos, é imprescindível para uma boa saúde óssea e cardiovascular.

Com relação à suplementação, a especialista ressalta a necessidade de ouvir a queixa de cada paciente, além da realização de exames laboratoriais para uma melhor avaliação. "As prescrições são individualizadas, não é interessante sair comprando suplementos porque você leu ou viu. Ela tem que ser orientada, até para saber quais as dosagens ideais".

As questões individuais devem ser consideradas, mas Raquel destaca algumas questões comuns normalmente utilizadas nas suas prescrições, como o uso de suplementação de cálcio e de vitamina D, dependendo da situação da paciente.

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