O ex-presidente Donald Trump foi retirado às pressas do palanque depois que tiros interromperam o comício em que ele discursava neste sábado, 13, em Butler, Pensilvânia. Ele tinha manchas de sangue visíveis na orelha quando foi levado pela equipe de seguranças.
O atirador foi morto por agentes do Serviço Secreto dos EUA. Sob condição de anonimato, autoridades policiais disseram que o caso está sendo investigado como tentativa de assassinato do ex-presidente. Um apoiador de Trump, que participava do comício também morreu.
O candidato republicano falava sobre as travessia na fronteira em evento de campanha na Pensilvânia, Estado-chave nas eleições americanas, quando estampidos começaram a ecoar pela multidão. Ele colocou a mão na orelha e se jogou no chão enquanto seus apoiadores nas arquibancadas se abaixavam aos gritos. Rapidamente, a segurança pulou sobre o ex-presidente para protegê-lo.
Após uma breve pausa, Trump se levantou, rodeado por agentes uniformizados do Serviço Secreto. Com sangue na orelha, ele ergueu o punho enquanto era ovacionado pelos seus apoiadores ao ser retirado do palco e levado para sua comitiva, que rapidamente deixou o local do comício.
À noite, Donald Trump afirmou que foi atingido por "uma bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita". "Eu soube imediatamente que algo estava errado porque ouvi um som de zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele", disse Trump, que não ficou gravemente ferido, em seu site Truth Social.
"É impressionante que um ato como esse possa acontecer em nosso país", prosseguiu.
O comício de ontem era o último de Trump antes da convenção republicana na qual ele será nomeado oficialmente candidato do partido para enfrentar o democrata e presidente Joe Biden em novembro.
Nas redes sociais, seu filho mais velho Donald Trump Jr. escreveu que o pai “nunca vai parar de lutar para salvar a América”. A mensagem foi acompanhada por uma foto do ex-presidente sendo retirado do palco.
Depois que ele saiu, um grupo de agentes com roupas camufladas escoltou alguém para fora da arquibancada à esquerda do pódio onde Trump discursava.
Steven Cheung, um porta-voz da campanha de Trump, disse que o ex-presidente estabem bem e sendo examinado em um centro médico local. Ele acrescentou que Trump “agradece às autoridades policiais e aos socorristas por sua rápida ação durante este ato hediondo”.
O presidente americano Joe Biden se solidarizou com o seu adversário na corrida pela Casa Branca e condenou a violência contra Trump. "Estou grato em saber que ele está seguro e bem. Estou rezando por ele e sua família e por todos aqueles que estiveram presentes no comício, enquanto aguardamos mais informações. (A primeira-dama) Jill e eu estamos gratos ao Serviço Secreto por tê-lo colocado em segurança", escreveu o presidente no X, após ter sido informado sobre o ataque.
"Não há lugar para esse tipo de violência na América. Devemos nos unir como uma nação para condená-lo", concluiu o presidente americano.
O ex-presidente democrata Barack Obama defendeu que "não há absolutamente qualquer lugar para violência" na democracia dos Estados Unidos e disse estar aliviado que Donald Trump não saiu seriamente ferido, após tiroteio em comício na Pensilvânia.
"Ainda não sabemos exatamente o que aconteceu, mas precisamos ficar todos aliviados que o ex-presidente Trump não saiu seriamente ferido e usar este momento para nos comprometermos novamente com nossa civilidade e respeito em nossa política", escreveu Obama, em publicação no X, antigo Twitter, acrescentando que deseja uma recuperação rápida para o republicano.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestou solidariedade a Trump. "O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável", afirmou Lula no X.
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) prestou solidariedade Donald Trump. "Nossa solidariedade ao maior líder mundial do momento. Esperamos sua pronta recuperação. Nos vemos na posse", disse Bolsonaro em seu perfil no X (antigo Twitter), junto da foto de Trump ferido, mas com o punho erguido. (das agências)