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Três internos são mortos dentro do Complexo de Itaitinga em menos de 30 dias
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Três internos são mortos dentro do Complexo de Itaitinga em menos de 30 dias

Paulo Roberto foi morto nesta sexta-feira, 27. Ele seria um integrante de organização criminosa com atuação em Maracanaú e é o terceiro interno morto no Complexo de Itaitinga neste mês
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Foto de apoio ilustrativo. Complexo Penitenciário em Itaitinga (Foto: Mateus Dantas em 15/10/2018)
Foto: Mateus Dantas em 15/10/2018 Foto de apoio ilustrativo. Complexo Penitenciário em Itaitinga

Um integrante de organização criminosa foi morto nesta sexta-feira, 27, na Unidade Prisional 2 (UP-2), em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. Esse é o terceiro interno morto dentro de presídio no mês de dezembro deste ano. 

Paulo Roberto Ferreira Portela, conhecido como Paulim, foi preso em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza. Ele teria atuação com uma facção criminosa que atua em Maracanaú. "Paulim" havia sido preso em 2012 por homicídio cometido na Pajuçara, em Maracanaú. 

Nesta sexta-feira, 27, houve o registro de um homicídio na Pajuçara, no entanto, não há informações se o caso teria relação com o crime no presídio. 

Por meio de nota, a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) confirmou a morte de Paulo Roberto e informou que o interno pertencia a uma facção de origem cearense.  E ainda informou que os presos responsáveis pelo crime fazem parte da mesma organização criminosa. 

Os presos teriam aproveitado o retorno do horário do banho de sol e agrediram o interno. " Os policiais penais de plantão interviram de imediato na ocorrência, os profissionais de saúde da unidade prestaram o socorro necessário, mas foi constatado o óbito do interno agredido", informa o órgão. 

A SAP informou que os presos acusados de envolvimento foram levados para a delegacia, onde foi realizada a prisão em flagrante de homicídio. 

Mortes no Completo Penitenciário 

No dia 18 de dezembro o interno Manoel Pamplona, de 60 anos, foi morto dentro da Unidade Prisional 5, UP-5.  O advogado do interno, Cândido Magalhães, afirma que ele era acusado de atear fogo na casa onde morava com a companheira, em Tianguá.

Cândido afirma que a companheira do cliente não estava no local quando houve o incêndio criminoso. A defesa afirma que solicitou a revogação da prisão de Manoel, mas que além de ter sido negada, houve a transferência do acusado, que foi retirado do Interior do Ceará e encaminhado para o Complexo Penitenciário de Itaitinga, onde foi morto.  

Já no dia 3 de dezembro, um homem acusado de ser o chefe da facção Guardiões do Estado (GDE) foi morto dentro da Unidade Prisional 3, em Itaitinga.  A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) afirmou que Fellype Abdoral Sales de Oliveira, de 32 anos, foi morto por integrantes da mesma organização criminosa que ele participava. 

O advogado de Fellype, Jader Aldrin, informou que ele foi vítima de 27 perfurações a faca e que a defesa ingressou com uma ação contra o Estado. 

 

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